“Este será o primeiro ano que vamos sentir o crescimento na
economia. Durante a recessão, nossa inflação foi para a casa dos dois dígitos e
foi preciso subir a taxa de juros durante este período para ajustar as contas
públicas, e a taxa de câmbio depreciou”. Com a casa cheia, a primeira edição,
nesta nova gestão, do Trocando Ideias na Regional ACI Campo Bom tratou sobre
“Tendências da Economia para 2018”. O economista Pedro Lutz Ramos falou do tema
na terça-feira (27) em evento gratuito para associados e que contou com coffee
break e networking.
Graduado, mestre e doutor em Economia, Pedro Ramos é
especialista em modelagem macroeconômica. Trabalha como economista desde 2008,
passando por entidades empresariais gaúchas, como Câmara dos Dirigentes
Lojistas de Porto Alegre (CDLPOA) e a Federação do Comércio de Bens e Serviços
do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio). Desde 2011, vem contribuindo para
que a gerência de Análise Econômica do Banco Cooperativo Sicredi seja premiada
como uma das áreas econômicas do país com maior precisão em suas projeções,
segundo a Bloomberg, o Banco Central do Brasil e o Grupo Estado de São Paulo.
Agrega experiência como professor de Econometria em programas de MBA e tem
artigos publicados em periódicos nacionais e em congressos de economia. “A
notícia boa é que, nos dias atuais e depois de algumas tomadas de decisões, a
confiança nacional e internacional fez com que a inflação caísse, atingindo os
menores níveis da história”, ressaltou ele, antecipando que o esperado para
este ano é que a taxa de juros se mantenha nos 6%, fazendo aumentar o consumo
da população.
“O mundo segue
acelerando o crescimento já constatado em 2017 e o FMI (Fundo Monetário
Internacional) prevê crescimento nos próximos dois anos, tanto nos países
desenvolvidos como nos emergentes”, observou o palestrante. Na sua avaliação, o
próximo governo federal deve dar seguimento ao que vem sendo feito no setor
econômico do país, não retirando a regra do teto. “E também, independente de
partido, é preciso que a reforma da Previdência seja efetivada. É uma condição
necessária para fazermos o tema de casa”, considerou ele.
Quanto à taxa de câmbio, Pedro Ramos acredita que deva
permanecer no patamar de R$ 3,40 em dezembro, após as eleições. “Até outubro o
mercado vai ser instável, é imprevisível. De acordo com as posições
apresentadas na corrida eleitoral, o câmbio pode depreciar ou apreciar."
Nas previsões para o Rio Grande do Sul, a produção agrícola (nossa indústria é
fortemente ligada ao agro), depois da segunda maior safra da história, deve se
manter em alta, principalmente no que se refere à soja e milho.
O Trocando Ideias teve a colaboração de Pomar Delivery de
Frutas e o evento contou com a coordenação dos integrantes do Comitê da
Regional ACI Campo Bom, Matheus Martins e Alisson Augusto Born Berg.
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