Em parceria inovadora, aulas práticas de projeto da Universidade Feevale iniciaram terça-feira (6) dentro de parque fabril da empresa
Na manhã de terça-feira (6), alunos do curso de Engenharia
de Produção da Universidade Feevale iniciaram aulas práticas dentro das
instalações do Grupo Arezzo, em Campo Bom. Uma parceria inovadora entre a
Instituição e a empresa calçadista resultou na transformação do parque fabril
em um verdadeiro laboratório prático para os alunos da disciplina de
Planejamento e Controles da Produção I do curso de graduação. Por meio dela, os
acadêmicos farão coletas de dados e de informações dentro de uma das fábricas
do Grupo Arezzo, levantando problemas e, no final do semestre, sugerir
soluções.
De acordo com Felipe Morais Menezes, professor da disciplina
e coordenador do curso, o objetivo dessa iniciativa é fazer com que os
acadêmicos experimentem na prática o que aprendem na teoria. “A empresa
apresentou algumas demandas internas referentes ao processo produtivo e o
desafio dos estudantes será propor soluções para essas necessidades com base
nas aulas teóricas. Além disso, levaremos uma visão diferente para a empresa,
propondo soluções que muitas vezes não são pensadas por quem já está envolvido
no processo produtivo”, salienta. Com isso, segundo ele, será possível
aproximar alunos e empresa, gerando aprendizagem através da solução de
problemas.
Para o diretor industrial do Grupo Arezzo, Cisso Klaus,
muito se fala em integração das empresas com a sociedade, mas na prática pouco
é feito. “O que estamos fazendo é justamente promover essa aproximação, uma vez
que a única maneira das empresas se desenvolverem e, consequentemente
fomentarem a economia, é estando integradas à comunidade onde estão inseridas.
Para isso, firmamos parceria com a Universidade Feevale, a fim de integrar
conhecimentos teórico e prático para beneficiar a todos os envolvidos”,
ressalta.
Renan Machado Rollof, de 25 anos, é aluno do curso de
Engenharia de Produção da Universidade e atua no projeto. “No decorrer do curso
tivemos todo o embasamento teórico que agora estamos tendo a oportunidade de
colocar em prática em uma empresa como a Arezzo. Já conseguimos identificar
alguns pontos e nossa expectativa é de propor melhorias que auxiliem no
processo produtivo”, aponta. Segundo o estudante, trata-se de uma excelente
oportunidade para conhecer o dia a dia da área, além de proporcionar uma nova
visão e novos conceitos.
Processo de aprendizagem
Dentro da proposta do projeto, baseado nas metodologias
ativas, tanto da Universidade quanto da empresa são fundamentais para garantir
a aprendizagem dos estudantes. Em suma, a Feevale entra com o embasamento
técnico para a experimentação prática, por meio da orientação do professor para
a seleção dos desafios, análises in loco, tutoria em sala de aula para o
desenvolvimento de propostas e análise técnica e processual para implantação da
solução. Já o Grupo Arezzo abre suas portas, oferecendo um banco de desafios
para melhorias na produção, com a apresentação dos problemas de produção,
recepção da turma para análises in loco, disponibilização de informações para
desenvolvimento das propostas e análise técnica e de viabilidade das propostas
para a implantação das soluções.
Para a realização da atividade, são passados três desafios
para a turma de 47 estudantes que é dividida em nove grupos. Cada três grupos
trabalham um desafio, sempre visando à melhoria nos processos produtivos da
empresa. O desafio 1 baseia-se em identificar oportunidades na linha de
produção no que tange ao balanceamento das operações e eficiência dos postos de
trabalho. Já o desafio 2 busca propor melhorias para a redução de perdas no
processo visando à redução do lead-time e melhoria da qualidade. Por fim, o
desafio 3 visa analisar o fluxo produtivo e propor melhorias para garantir
lotes completos no final do processo.
Assinatura de convênio
Na ocasião também foi formalizada a parceria entre Arezzo e
Universidade Feevale para a realização do módulo de Reparos em Calçados do
projeto Pró-Fábrica. Nesse projeto, calçados doados pela empresa são
consertados por acadêmicos da Instituição e repassados para a Fábrica da Cidadania,
vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) da Prefeitura de Novo
Hamburgo. “É uma iniciativa onde todos ganham: a Universidade, que possibilita
a aplicação prática do conhecimento teórico para os alunos; a empresa, que pode
repassar calçados que não terão mais utilidade; e as comunidades carentes, que
recebem doações de boa qualidade”, afirma o professor Roberto Affonso
Schilling, líder do projeto. (Fonte: Imprensa Feevale – Foto: Jauri Belmonte/Feevale)
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