Iniciou na terça-feira, e segue até domingo (25), a 31ª
Feira do Livro de Campo Bom. São muitas atrações, além de uma enorme quantidade
de livros para todas as idades e gostos. Uma programação diversa está sendo
desenvolvida, como apresentações teatrais, musicais e sessões de autógrafos com
autores como João Pedro Roriz, Celso Sisto, Nélio Sprea e Simone Sauressig. Assim,
desde a tarde de terça-feira, o Largo Irmãos Vetter, no Centro da cidade, está
transformado em uma grande livraria de portas abertas para milhares de pessoas
que desejam enriquecer-se ainda mais por meio dos livros.
Leitura em braile
Crianças da rede municipal de ensino descobriram que
qualquer pessoa, mesmo cega, pode ter acesso à leitura. E constaram isso de uma
forma muito lúdica: por meio da experimentação prática de uma versão em áudio e
braile do livro Um ipê para Manuela, cuja autora Tânia Perotti esteve na 31ª
Feira do Livro de Campo Bom para um bate-papo com a garotada do 4º ano. O
plenário da Câmara de Vereadores onde ocorreu o evento, ficou lotado com os
cerca de 200 alunos de quatro escolas, todos curiosos por conhecer o livro
também apresentado no formato impresso padrão. Mas foram as versões em braile e
em áudio (DVD) que chamaram atenção dos alunos, principalmente pelo fato de
que, além da audiodescrição, o livro foi traduzido para Língua Brasileira de
Sinais (Libras). Um ipê para Manuela conta a história de uma menina que tem
muito carinho pela natureza, especialmente por uma árvore que ela mesmo
plantou, um ipê amarelo. Para permitir que os alunos sentissem na prática o
manuseio, a autora fez uma brincadeira vendando os pequenos para que vivessem a
experiência de 'ler' pela audição e pelo tato.
A autora conta que a ideia de tornar o livro 100% acessível
surgiu depois que o livro já estava pronto.” A Manuela existe de verdade e tem
uma mãe tetraplégica. Além disso, um dos nossos colegas de equipe é deficiente
visual, então achamos que nada seria mais justo do que proporcionar a leitura a
todos, isso aglutina as pessoas”, avalia Tânia, que encerrou sua participação
no bate-papo com um ensinamento importante: "Não importa se eu leio em
braile, em letras, se ouço um livro ou o traduzo em libras. Todos devemos ser
acolhidos pelo mundo da leitura da mesma forma”. E foi bem isso que se viu na
feira por meio do aluno da escola Morada do Sol Iuri Chaves, que é deficiente
visual e foi à feira especialmente para conhecer Tânia Perotti. “Eu gostei muito do livro dela
e do momento de hoje. Minha parte favorita foi quando ela nos ensinou sobre a
língua de sinais”, disse. A fim de permitir que os alunos pudessem trabalhar o
universo inclusivo da leitura, a Secretaria Municipal de Educação investe na
aquisição de livros em braile e audiolivros. O de Tânia Perotti é um deles. Cem
unidades dele foram adquiridos antes da feira e distribuídos às bibliotecas
escolares, antecipando o momento de encontro com a autora na 31ª Feira do Livro
de Campo Bom que segue até domingo, 25, com diversas atrações culturais. A
feira é aberta a comunidade e tem entrada gratuita. (Fonte: Imprensa PMCB -
Foto: Emily Schwan)
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