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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Vicente Selistre ressalta importância de manifesto pela "reindustrialização" das exportações

Vicente Selistre, presidente do Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom e vice-presidente nacional da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, ressalta a importância do manifesto da AEB - Associação de Comércio Exterior do Brasil e da FIERGS - Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul pela “reindustrialização” das exportações brasileiras. O manifesto divulgado na quinta-feira (6) se deu em função da redução da participação industrial na pauta exportadora nacional, que alcançava 59% em 2000 e recuou para apenas 37% em 2012, e a consequente queda de 10% no número de empresas voltadas ao comércio exterior.
A proposta de constituir uma força-tarefa reunindo o Governo Federal e entidades privadas, como consta no manifesto, é vista com bons olhos por Vicente Selistre. “Não existe projeto nacional que não conceba uma indústria forte. Os trabalhadores também querem sentar à mesa para essa discussão e entendemos que temos que recuperar espaço para nossos produtos manufaturados no mercado internacional, pois com isso estaremos abrindo mais postos de trabalho e melhorando as condições de vida de nossos trabalhadores”, argumenta Vicente.
O manifesto salienta que apesar de o Brasil ter o sétimo Produto Interno Bruto (PIB) mundial, ocupa apenas a 22ª posição no ranking dos exportadores. A FIERGS e AEB argumentam que "em vez de gerarmos empregos nos outros países, precisamos de uma agenda de impacto para introduzir a reindustrialização das exportações de manufaturados como fator de alavancagem rápida do desenvolvimento brasileiro, beneficiando toda a sociedade". O manifesto também destaca que, nos últimos 12 anos, ocorreu uma elevação acima de 50% das empresas importadoras, que passaram de 28.300 para 42.500, representando mais que o dobro das exportadoras.

Mesmo tendo o sétimo PIB mundial, o Brasil ocupa apenas a 22ª posição no ranking dos exportadores (2012). Os 14 maiores exportadores mundiais são países primordialmente vendedores de manufaturados, e o Brasil não está nesse grupo. Assim, torna-se cada vez mais difícil manter o atual parque fabril, resistir ao acirramento da concorrência mundial e ao alarmante crescimento das importações.

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