Confirmando tendência que vinha se verificando ao longo de
todo o ano passado, a produção industrial brasileira fechou 2014 com queda
acumulada de 32% nos 12 meses do ano.
Os dados relativos à Pesquisa Industrial Mensal - Produção
Física Brasil foram divulgados nesta terça-feira (3), pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). Os números mostram que, em relação a igual
período do ano anterior, o setor industrial mostrou um perfil de retração
disseminado de taxas negativas, alcançando as quatro grandes categorias
econômicas, vinte dos 26 ramos, sessenta dos 79 grupos e 63,9% dos 805 produtos
pesquisados.
Entre os setores, o principal impacto negativo foi observado
em veículos automotores, reboques e carrocerias (-16,8%). Outras contribuições
negativas relevantes sobre o total nacional vieram dos setores de metalurgia
(-7,4%), de produtos de metal (-9,8%), de máquinas e equipamentos (-5,9%), de
outros produtos químicos (-3,6%), e de máquinas, aparelhos e materiais
elétricos (-7,2%).
Entre as seis atividades que ampliaram a produção, as
principais influências foram observadas em indústrias extrativas (5,7%) e
coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,4%).
Ainda segundo os dados do IBGE, entre as grandes categorias
econômicas, o perfil dos resultados para o índice acumulado nos 12 meses de
2014 mostrou menor dinamismo para bens de capital (-9,6%) e bens de consumo
duráveis (-9,2%).
O dinamismo dos bens de capital foi pressionado,
especialmente, pela redução na fabricação de equipamentos de transporte, que
chegou a cair 16,6%); e no segundo por automóveis, com retração de (-14,6%).
Os segmentos de bens intermediários (-2,7%) e de bens de
consumo semi e não-duráveis (-0,3%) também assinalaram resultados negativos no
índice acumulado no ano, mas ambos com queda menos intensa do que a observada
na média nacional (-3,2%), informou o IBGE.
Fonte: Agência Brasil
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