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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Calçado brasileiro redescoberto: taxa cambial favorece negócios na Expo Riva Schuh

Os quatro dias da Expo Riva Schuh apontam para dias melhores para as empresas de calçados do Brasil que fazem o dever de casa com planejamento e estratégia de mercado. Com a cotação da moeda norte-americana em alta, o investimento contínuo na exportação começa a render frutos e se mostra como uma saída para contornar os problemas na economia doméstica. Os resultados podem ser vistos nos números das 28 marcas nacionais que estiveram na feira de Riva Del Garda entre os dias 16 e 19 de janeiro. Foram 465 contatos comerciais, sendo 213 deles novos, de 57 diferentes países. Itália, Israel, Estados Unidos, França, Inglaterra, Grécia, Polônia, Espanha e Portugal lideram a lista de visitas às empresas apoiadas pelo Brazilian Footwear, programa de incentivo às exportações realizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
“Todos os números obtidos durante a feira nos mostram que os compradores estão retornando e redescobrindo os nossos produtos”, frisa Ruísa Scheffel, analista de Promoção Comercial da Abicalçados. Na pesquisa realizada com os expositores brasileiros no último dia da mostra, os resultados apontam para uma edição exitosa. As empresas fecharam US$ 2,2 milhões em negócios durante o evento, mais do que o dobro dos US$ 970 mil realizados na edição de janeiro do ano passado. A expectativa para os próximos seis meses é de alcançar cifras de US$ 19 milhões em decorrência da feira.
A taxa de câmbio favorável é vista como um dos principais fatores atribuídos ao sucesso dos brasileiros em terras italianas. “Os clientes estão voltando a comprar do Brasil, nossos preços estão mais competitivos e, com isso, a procura pelo nosso calçado aumentou. Foi uma feira excelente, que nos deu a oportunidade de conquistar novos clientes com uma moda rápida e preços acessíveis”, considera Henrique Galhego, gerente de exportação da Tabita.
Para Juliano Fontes, gerente de exportação da marca Pegada, a feira superou as expectativas e serviu para abrir o mercado de Israel, além de fazer a manutenção de clientes. “A Expo Riva Schuh é conhecida por ser uma feira de amostras e, nesta edição, estamos saindo com pedidos efetivados. Este é um sinal de que o ano será melhor, especialmente por estarmos com preços mais competitivos.”

Relacionamento com o mercado

 Ao servir de palco para o relacionamento com distribuidores e seleção de amostras, a Expo Riva Schuh se apresenta como uma feira de muitos contatos e de termômetro para a coleção. No segmento infantil, a feira rendeu visitas interessantes e qualificadas. “O número de compradores que passou pelo nosso estande se manteve, mas a qualidade aumentou. Observamos que os visitantes estão realmente focados em conhecer novas empresas e fazer negócios”, relata Magnus Oliveira, gerente de exportação da Bibi.
A edição de inverno da mostra italiana contou com dois novos expositores do Brasil: Sollu, que fez sua primeira participação no evento, e Ramarim, que voltou a participar. “Nossa intenção em expor em Riva Del Garda era de abrir mercados no Leste Europeu e conseguimos durante os dias da feira fazer contatos com clientes provenientes de lá e ainda iniciar o trabalho com um cliente da Bósnia”, conta Alexandre Salomão, gerente de exportação da Sollu. Salomão termina a feira com um olhar positivo em relação ao resultado da plataforma comercial e pretende seguir na exposição.

Participaram da 85ª Expo Riva Schuh as marcas Bibi, Klin, Werner, Andacco, Carrano, Madeira Brasil, Piccadilly, Lilybi, Pegada, Cecconello, Vizzano, Beira Rio, Moleca, Molekinha, Modare, Capodarte, Dumond, Usaflex, Tabita, Pampili, Cravo & Canela, Jorge Bischoff, Loucos & Santos, Ramarim, Comfortflex, Whoop, Sollu e Stéphanie Classic. (Fonte: Abicalçados)

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