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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Projeto Peri representará Campo Bom em Quito

Alunas e professora da escola Santos Dumont embarcam nesta quarta-feira (24), para apresentar o projeto na Infomatrix Sudámerica Ecuador


Nesta quarta-feira (24), as estudantes do 9º ano da rede municipal de ensino Giovanna Santana da Silva, 14, e Ana Paula Sobierai da Cruz, 13, acompanhadas da professora Vânia Nilsson, da Escola Santos Dumont, de Campo Bom, embarcam para Quito, Equador, onde representarão a inovação e criatividade da rede municipal de ensino campo-bonense na Infomatrix Sudámerica Ecuador (feira estudantil que ocorre de 25 até 29).  A credencial para a participação na feira é resultado da medalha de ouro conquistada no IX Concurso Latinoamericano de Proyectos de Cómputo - Proyecto Multimedia Kids, no ano passado, no México, onde conquistaram a comissão julgadora com o projeto Peri, iniciativa que há quatro anos alia pesquisa científica à tecnologia e à sustentabilidade no bairro Imigrante, onde está localizada a escola.
No Equador as estudantes terão a oportunidade de apresentar o projeto e o que ele tem feito pela comunidade do bairro desde 2012, quando começou a dar os primeiros passos sob a orientação dos professores Vânia Nilsson (Educação Física), Roseane Hofstatter (Biologia), Vanessa Müller (Informática e Matemática) e Cleiton Backes (Matemática). A proposta do projeto é usar a tecnologia para informar os moradores sobre possíveis ameaças de enchente do arroio Peri, no bairro Imigrante, ao mesmo tempo em que dissemina na comunidade o senso de preservação, responsabilidade ambiental e solidariedade. “A iniciativa começou sem muitas pretensões. Partimos da ideia de levar um problema real da comunidade para a sala de aula e transformá-lo no objeto de estudo, pensando em ações como solução para os alagamentos. A resposta positiva da população e dos espaços de exposição e discussão de trabalhos científicos mostrou que a nossa evolução contínua pode inspirar muitos jovens e inovadores mundo afora”, declara a professora Roseane.
O projeto já acumula reconhecimentos e Giovanna e Ana Paula experiências internacionais. No ano passado, tiveram a oportunidade de lapidar o espanhol na viagem para o México, onde participaram do IX Concurso Latinoamericano de Proyectos de Cómputo - Proyecto Multimedia Kids (viabilizada pela premiação na Mostratec Junior, promovida pela escola Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo). Os professores também representam o projeto e trazem medalhas para Campo Bom, como em 2014, quando participaram da final internacional do Prêmio Microsoft Educadores Inovadores, em Barcelona, na Espanha. Nacionalmente, também em 2014 o projeto venceu o Prêmio Nacional de Educação da Agência Nacional das Águas (ANA), que reconhece iniciativas educacionais voltadas à questão da água.

O Peri da escola para a comunidade

O projeto Peri envolve estudantes que organizaram um levantamento de todas as residências ribeirinhas ao arroio Peri com a finalidade de alertar os moradores em caso de ameaça de enchente e também preveni-las por meio de ações de conscientização. Além da percepção visual, usam tecnologias como GPS para o mapeamento dos pontos críticos do curso d´água, com apontamentos de coordenadas geográficas onde foram grafadas características próprias do Peri, como bifurcações, mudanças de curso, vertentes, moradias irregulares e até mesmo existência de banhados.
Os pontos mais críticos, com maior concentração de poluição também foram apontados no mapeamento, desafio que estimulou os estudantes a fazerem uso de softwares como o Google Earth, utilizado para ajudar na visualização das marcações e pontos importantes, permitindo uma visão global da situação do arroio. O SMS é outro recurso do projeto, pois é por meio de mensagens codificadas que colocam em prática o Peri SOS e se comunicam com os moradores em caso de necessidade. Ações preventivas aos alagamentos, saúde e sobre sustentabilidade, como orientações para a comunidade sobre descarte correto de lixo e mutirões de combate ao Aedes aegypti, também foram agregadas ao projeto. “A disseminação da consciência ambiental promove, inclusive, o engajamento da comunidade. Pais e responsáveis já aderiram às nossas inúmeras iniciativas, como a construção de calhas ecológicas. É o projeto mostrando que pequenas atitudes podem fazer grande diferença onde moramos”, conclui a professora Roseane. (Fonte: Imprensa PMCB)

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