Alunas e professora da escola Santos Dumont embarcam nesta quarta-feira (24), para apresentar o projeto na Infomatrix Sudámerica Ecuador
Nesta quarta-feira (24), as estudantes do 9º ano da rede
municipal de ensino Giovanna Santana da Silva, 14, e Ana Paula Sobierai da
Cruz, 13, acompanhadas da professora Vânia Nilsson, da Escola Santos Dumont, de
Campo Bom, embarcam para Quito, Equador, onde representarão a inovação e
criatividade da rede municipal de ensino campo-bonense na Infomatrix Sudámerica
Ecuador (feira estudantil que ocorre de 25 até 29). A credencial para a participação na feira é
resultado da medalha de ouro conquistada no IX Concurso Latinoamericano de
Proyectos de Cómputo - Proyecto Multimedia Kids, no ano passado, no México,
onde conquistaram a comissão julgadora com o projeto Peri, iniciativa que há
quatro anos alia pesquisa científica à tecnologia e à sustentabilidade no
bairro Imigrante, onde está localizada a escola.
No Equador as estudantes terão a oportunidade de apresentar
o projeto e o que ele tem feito pela comunidade do bairro desde 2012, quando
começou a dar os primeiros passos sob a orientação dos professores Vânia
Nilsson (Educação Física), Roseane Hofstatter (Biologia), Vanessa Müller
(Informática e Matemática) e Cleiton Backes (Matemática). A proposta do projeto
é usar a tecnologia para informar os moradores sobre possíveis ameaças de
enchente do arroio Peri, no bairro Imigrante, ao mesmo tempo em que dissemina
na comunidade o senso de preservação, responsabilidade ambiental e
solidariedade. “A iniciativa começou sem muitas pretensões. Partimos da ideia
de levar um problema real da comunidade para a sala de aula e transformá-lo no
objeto de estudo, pensando em ações como solução para os alagamentos. A
resposta positiva da população e dos espaços de exposição e discussão de
trabalhos científicos mostrou que a nossa evolução contínua pode inspirar
muitos jovens e inovadores mundo afora”, declara a professora Roseane.
O projeto já acumula reconhecimentos e Giovanna e Ana Paula
experiências internacionais. No ano passado, tiveram a oportunidade de lapidar
o espanhol na viagem para o México, onde participaram do IX Concurso
Latinoamericano de Proyectos de Cómputo - Proyecto Multimedia Kids (viabilizada
pela premiação na Mostratec Junior, promovida pela escola Liberato Salzano
Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo). Os professores também representam o projeto
e trazem medalhas para Campo Bom, como em 2014, quando participaram da final
internacional do Prêmio Microsoft Educadores Inovadores, em Barcelona, na
Espanha. Nacionalmente, também em 2014 o projeto venceu o Prêmio Nacional de
Educação da Agência Nacional das Águas (ANA), que reconhece iniciativas
educacionais voltadas à questão da água.
O Peri da escola para a comunidade
O projeto Peri envolve estudantes que organizaram um
levantamento de todas as residências ribeirinhas ao arroio Peri com a
finalidade de alertar os moradores em caso de ameaça de enchente e também
preveni-las por meio de ações de conscientização. Além da percepção visual,
usam tecnologias como GPS para o mapeamento dos pontos críticos do curso
d´água, com apontamentos de coordenadas geográficas onde foram grafadas
características próprias do Peri, como bifurcações, mudanças de curso,
vertentes, moradias irregulares e até mesmo existência de banhados.
Os pontos mais críticos, com maior concentração de poluição
também foram apontados no mapeamento, desafio que estimulou os estudantes a
fazerem uso de softwares como o Google Earth, utilizado para ajudar na
visualização das marcações e pontos importantes, permitindo uma visão global da
situação do arroio. O SMS é outro recurso do projeto, pois é por meio de
mensagens codificadas que colocam em prática o Peri SOS e se comunicam com os
moradores em caso de necessidade. Ações preventivas aos alagamentos, saúde e
sobre sustentabilidade, como orientações para a comunidade sobre descarte
correto de lixo e mutirões de combate ao Aedes aegypti, também foram agregadas
ao projeto. “A disseminação da consciência ambiental promove, inclusive, o
engajamento da comunidade. Pais e responsáveis já aderiram às nossas inúmeras
iniciativas, como a construção de calhas ecológicas. É o projeto mostrando que
pequenas atitudes podem fazer grande diferença onde moramos”, conclui a
professora Roseane. (Fonte: Imprensa PMCB)
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