O trabalho em Campo Bom para reduzir o número de focos do
aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, febre amarela, zika e
chikiungunya, não para. A Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde
(SMS), faz periodicamente a fiscalização de locais com maior risco de possuir
focos desse mosquito, como cemitérios, em função dos vasos que podem conter
água parada, além dos espaços públicos e residências.
Só em 2018, de janeiro até agora, foram encontrados 664
focos do mosquito aedes aegypti na cidade, 31 só no cemitério no período de
março. Já na primeira quinzena de abril, foram encontradas 40 coletas positivas
no mesmo local. Nesta quarta-feira, 18, uma equipe da vigilância ambiental
esteve novamente para uma vistoria no cemitério municipal, local onde será
feita em breve a pulverização para matar possíveis larvas do mosquito.
A orientação à população é que cada um faça a sua parte,
cuidando do seu pátio, em relação a manutenção, evitando acúmulos de entulhos,
mato ou grama alta, pois apesar do mosquito procriar em água parada, esses
locais acabam servindo de abrigo para os mosquitos, independente de ser o aedes
aegypti ou não. Também é importante ressaltar que as pessoas que aproveitam
água da chuva, devem manter os recipientes sempre bem fechados, assim como
caixa d’água, evitando o acesso do mosquito na água.
A Vigilância Sanitária poderá aplicar multa conforme a Lei
1.606/94 do Código de Defesa do Município, podendo chegar a valores de 29,49
URM (Unidade Referência Municipal), que corresponde em torno de R$ 100 reais.
De acordo com a titular da SMS Suzana
Ambros Pereira, quando for constatado foco de água parada com presença de
larvas de mosquito em um local, é realizada coleta e análise em laboratório
(dentro da SMS).
“Se for confirmado a espécie do inseto como aedes aegypti,
realizamos nova visitação, o mais breve possível, afim de averiguar se houve
adequação da situação de acumulo de água no pátio”, afirma Suzana. A multa
acontece se houver reincidência de foco do mosquito no mesmo local pela
terceira vez.
No início do ano, foi diagnosticado um caso de suspeita de
dengue em Campo Bom, porém, não foi confirmado. De acordo com a SMS, apesar de
ter sido encontrados focos do mosquito aedes aegypti na cidade, não significa
que todos possam conter as doenças, mas são de qualquer forma, vetores. "A
espécie existe e está por toda a cidade, por isso é importante a prevenção,
para que que se possa reduzir esses focos cada vez mais, evitando que a doença
encontre um abrigo para se proliferar", reforça a secretária.
Além das visitas às residências, comércios e terrenos
baldios pela vigilância ambiental, a comunidade como um todo, tem papel fundamental
nesse controle, não apenas cuidando de suas residências, mas ajudando na
fiscalização, para isso o cidadão pode fazer a denúncia através do telefone
3598-8600 ramal 8763, ou enviar e-mail através do Fale Conosco,
faleconosco@campobom.rs.gov.br relatando o problema.
Algumas dicas são:
Evitar água parada nos vasos de plantas, pneus
Manter os recipientes de água recolhida da chuva, bem fechados,
assim como a caixa d’água
Fazer a manutenção do pátio em relação ao corte de gramas,
ou mato
Potes de água de animais domésticos devem ser lavados com
água e sabão;
Materiais de construção devem ser armazenados em ambientes
cobertos e secos
Foto: Patricia Klein
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