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terça-feira, 21 de julho de 2020

Preço de anestésicos sobe até 865%

Devido à alta demanda dos medicamentos em função do coronavírus, preços disparam

Na busca por proporcionar maior segurança aos pacientes internados por coronavírus, além de retomar as cirurgias eletivas que foram suspensas devido à falta de anestésicos e ao aumento na ocupação de leitos, o Hospital Lauro Reus, por meio de verba repassada pelo Município, tem investido na compra destes medicamentos que possibilitam a intubação e sedação. Em julho, foram investidos cerca de R$ 225 mil em medicamentos como sedativos, neurobloqueadores e analgésicos, remédios de uso contínuo no hospital que são repostos sempre que necessário. O que chama a atenção é o valor dos medicamentos. O vasoativo Noradrenalina 2mg/ml - 4ml é o campeão no aumento de valor. Atualmente, seu valor unitário custa mais de nove vezes o que custava em janeiro. De R$ 1,8, subiu para R$ 17,37, aumento de 865%. Outro que aumentou foi o sedativo Midasolan 50mg/10 ml, por exemplo, saltou do valor unitário de R$ 3,16, em janeiro, para R$ 24 em julho, um aumento de R$ 659%. O medicamento alcançou o pico de R$ 35,9 em junho. 

DEMANDA 

Desde o início da pandemia, a busca por tais remédios tem aumentado consideravelmente em todo o mundo, fazendo inclusive com que o mercado nacional não consiga suprir a alta procura em determinadas regiões. “Como grandes hospitais acabaram fazendo estoque desses medicamentos, hospitais menores estão com dificuldade para encontrá-los. Fizemos um esforço nesse sentido”, afirma o prefeito Luciano Orsi. “São medicamentos que possibilitam manter as pessoas sedadas durante a ventilação mecânica. Os pacientes ficam intubados muitos dias, então consomem um número alto dos medicamentos”, explica a secretária municipal da Saúde, Suzana Ambros Pereira. 

Dez vezes mais caros 

"Desde o início da pandemia, tudo vem aumentando em questão de preço e dificuldade de se adquirir. Agora, a bola da vez são os medicamentos. Os preços dobraram, triplicaram, quadruplicaram ou estão até dez vezes mais caros. A ideia, com essa compra, é manter os pacientes intubados e retomar as cirurgias eletivas, que estão suspensas e que necessitam de bloqueadores e sedativos. O que é com anestesia local, temos feito”, afirma o diretor administrativo do Hospital Lauro Reus, Jeferson Willian Moschen. Apesar da alta demanda por esses medicamentos, o hospital realizou a compra, buscando fornecedores até mesmo fora do Brasil e importando de Portugal. 

Foto: Nadine Funck/PMCB

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