Na busca por proporcionar maior segurança aos pacientes internados por coronavírus, além de retomar as cirurgias eletivas que foram suspensas devido à falta de anestésicos e ao aumento na ocupação de leitos, o Hospital Lauro Reus, por meio de verba repassada pelo Município, tem investido na compra destes medicamentos que possibilitam a intubação e sedação. Em julho, foram investidos cerca de R$ 225 mil em medicamentos como sedativos, neurobloqueadores e analgésicos, remédios de uso contínuo no hospital que são repostos sempre que necessário. O que chama a atenção é o valor dos medicamentos. O vasoativo Noradrenalina 2mg/ml - 4ml é o campeão no aumento de valor. Atualmente, seu valor unitário custa mais de nove vezes o que custava em janeiro. De R$ 1,8, subiu para R$ 17,37, aumento de 865%. Outro que aumentou foi o sedativo Midasolan 50mg/10 ml, por exemplo, saltou do valor unitário de R$ 3,16, em janeiro, para R$ 24 em julho, um aumento de R$ 659%. O medicamento alcançou o pico de R$ 35,9 em junho.
DEMANDA
Desde o início da pandemia, a busca por tais remédios tem aumentado consideravelmente em todo o mundo, fazendo inclusive com que o mercado nacional não consiga suprir a alta procura em determinadas regiões. “Como grandes hospitais acabaram fazendo estoque desses medicamentos, hospitais menores estão com dificuldade para encontrá-los. Fizemos um esforço nesse sentido”, afirma o prefeito Luciano Orsi. “São medicamentos que possibilitam manter as pessoas sedadas durante a ventilação mecânica. Os pacientes ficam intubados muitos dias, então consomem um número alto dos medicamentos”, explica a secretária municipal da Saúde, Suzana Ambros Pereira.
Dez vezes mais caros
"Desde o início da pandemia, tudo vem aumentando em questão de preço e dificuldade de se adquirir. Agora, a bola da vez são os medicamentos. Os preços dobraram, triplicaram, quadruplicaram ou estão até dez vezes mais caros. A ideia, com essa compra, é manter os pacientes intubados e retomar as cirurgias eletivas, que estão suspensas e que necessitam de bloqueadores e sedativos. O que é com anestesia local, temos feito”, afirma o diretor administrativo do Hospital Lauro Reus, Jeferson Willian Moschen. Apesar da alta demanda por esses medicamentos, o hospital realizou a compra, buscando fornecedores até mesmo fora do Brasil e importando de Portugal.
Foto: Nadine Funck/PMCB
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