A mobilização da comunidade, associada ao trabalho das lideranças de Campo Bom, teve um desfecho positivo na tarde desta quinta-feira (4), quando o titular da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) do RS, Gelson Treiesleben, anunciou oficialmente a desistência, por parte do governo do Estado, de implantar um presídio em Campo Bom. A reunião com a Susepe terminou há pouco no Gabinete do Prefeito, no Centro Administrativo Municipal, e foi a primeira vez que o Governo do Estado conversou com a Administração Municipal sobre o interesse de implantar uma casa prisional em Campo Bom, o que foi admitido pelo superintendente.
“De fato havia essa intenção, mas ela foi conduzida de forma
equivocada e, em virtude de uma falha interna, um ruído de informação, vocês
souberam disso antes que tivéssemos oportunidade de conversar e amadurecer o
assunto e agora, diante da proporção e dimensão que o assunto ganhou, estamos
recuando e comunicando oficialmente ao prefeito e à comunidade que não haverá
mais presídio aqui”, anunciou.
O prefeito Faisal Karam classificou como de bom senso a
atitude do Estado em recuar e reconheceu que o assunto causou ansiedade e
indignação na comunidade, a quem atribuiu os méritos pela decisão. “Nossa
comunidade é unida, parceira e reconhece sua responsabilidade, inclusive quanto
a seus presos, mas ela não podia aceitar uma decisão imposta da forma que
chegou até nós, sem direito nem ao menos de discutir ou propor alternativas”,
explanou o prefeito colocando-se à disposição do Estado para discutir uma forma
de resolver o problema que classificou como ‘uma responsabilidade de todos’.
Faisal provocou o Estado a pensar na implantação de consórcios de cidades na
administração da população carcerária gaúcha. “Campo Bom tem seus presos e não
se omite em se responsabilizar por eles, mas essa precisa ser uma solução
conjunta, envolvendo a parceria e comprometimento de todas as cidades”.
Além de desculpar-se
com o prefeito Faisal Karam pela forma como o assunto foi conduzido, o
superintendente reconheceu o desgaste que a situação causou. Ele classificou
como ‘constrangedor’ o fato do Município ter sabido da intenção do Estado de
forma quase acidental em virtude de um edital para um pregão eletrônico que
visava comprar alimentos para o futuro presídio que deveria abrigar cerca de
160 presos do regime semi-aberto e tinha previsão de inauguração na primeira
quinzena de abril.
O delegado penitenciário da 1ª DPR, Luciano Lindemann,
também participou da reunião que teve ainda a presença do vice-prefeito Marcos
Riegel; do presidente do Legislativo Maximiliano de Souza e do presidente do
Consepro, Pedro Rogério Duarte, além de representante do deputado João Fischer,
o Fixinha.
Fonte: Site da Prefeitura de Campo Bom
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