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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Governo do Estado desiste de implantar presídio em Campo Bom


A mobilização da comunidade, associada ao trabalho das lideranças de Campo Bom, teve um desfecho positivo na tarde desta quinta-feira (4), quando o titular da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) do RS, Gelson Treiesleben, anunciou oficialmente a desistência, por parte do governo do Estado, de implantar um presídio em Campo Bom. A reunião com a Susepe terminou há pouco no Gabinete do Prefeito, no Centro Administrativo Municipal, e foi a primeira vez que o Governo do Estado conversou com a Administração Municipal sobre o interesse de implantar uma casa prisional em Campo Bom, o que foi admitido pelo superintendente.


“De fato havia essa intenção, mas ela foi conduzida de forma equivocada e, em virtude de uma falha interna, um ruído de informação, vocês souberam disso antes que tivéssemos oportunidade de conversar e amadurecer o assunto e agora, diante da proporção e dimensão que o assunto ganhou, estamos recuando e comunicando oficialmente ao prefeito e à comunidade que não haverá mais presídio aqui”, anunciou.

O prefeito Faisal Karam classificou como de bom senso a atitude do Estado em recuar e reconheceu que o assunto causou ansiedade e indignação na comunidade, a quem atribuiu os méritos pela decisão. “Nossa comunidade é unida, parceira e reconhece sua responsabilidade, inclusive quanto a seus presos, mas ela não podia aceitar uma decisão imposta da forma que chegou até nós, sem direito nem ao menos de discutir ou propor alternativas”, explanou o prefeito colocando-se à disposição do Estado para discutir uma forma de resolver o problema que classificou como ‘uma responsabilidade de todos’. Faisal provocou o Estado a pensar na implantação de consórcios de cidades na administração da população carcerária gaúcha. “Campo Bom tem seus presos e não se omite em se responsabilizar por eles, mas essa precisa ser uma solução conjunta, envolvendo a parceria e comprometimento de todas as cidades”.

 Além de desculpar-se com o prefeito Faisal Karam pela forma como o assunto foi conduzido, o superintendente reconheceu o desgaste que a situação causou. Ele classificou como ‘constrangedor’ o fato do Município ter sabido da intenção do Estado de forma quase acidental em virtude de um edital para um pregão eletrônico que visava comprar alimentos para o futuro presídio que deveria abrigar cerca de 160 presos do regime semi-aberto e tinha previsão de inauguração na primeira quinzena de abril.

O delegado penitenciário da 1ª DPR, Luciano Lindemann, também participou da reunião que teve ainda a presença do vice-prefeito Marcos Riegel; do presidente do Legislativo Maximiliano de Souza e do presidente do Consepro, Pedro Rogério Duarte, além de representante do deputado João Fischer, o Fixinha. 


Fonte: Site da Prefeitura de Campo Bom

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