Páginas

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Governador sanciona novo mínimo regional


Na manhã desta quinta-feira (16), na presença de dirigentes da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (Entre eles o vice-presidente nacional da CTB, Vicente Selistre.), o governador Tarso Genro sancionou a Lei do novo Salário Mínimo Regional. O reajuste é de 12,72% e passa a vigorar a partir de 1º de fevereiro. Os valores das cinco faixas salariais vão injetar em torno de R$ 1,3 bilhão na economia do Rio Grande do Sul e abrangem cerca de 1,2 milhão trabalhadores. Com os reajustes promovidos nos últimos três anos, o Salário Mínimo Regional alcança um patamar 20% maior que o Salário Mínimo nacional, que é de R$ 724,00 desde 1º de janeiro.
O projeto de Lei havia sido aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa durante a sessão extraordinária realizada em 26 de dezembro. O novo piso é resultado de debate entre as centrais sindicais, federações empresariais e o governo do Estado. No mês de dezembro, Vicente Selistre e companheiros de Campo Bom participaram de manifestação, em Porto Alegre, em favor do projeto. Vicente, na ocasião, destacava que o salário mínimo tem uma importante função econômica a partir do fortalecimento do mercado interno e gera mais empregos, mas fundamentalmente tem uma função social porque significa distribuição de renda, inclusão e garantia do combate à violência e à marginalização.
A partir de 1º de fevereiro, o Salário Mínimo Regional passa a ter cinco faixas salariais, com a criação da Faixa V no valor de R$ 1.100,00 para técnicos de nível médio. O índice de 12,7% ficou no meio termo entre o que reivindicavam os trabalhadores e o que propunham os empresários. Segundo o governo, o novo valor deve injetar R$ 1,3 bilhão na economia gaúcha e impactar 1,2 milhão de trabalhadores no Estado. Com o reajuste, o piso regional é cerca de 20% maior que o salário mínimo nacional, que atualmente é de R$ 724.

Como ficam os pisos com o reajuste de 12,7%:

Faixa 1: R$ 868
Quem entra: agricultura e na pecuária, indústrias extrativas, empresas pesqueiras, empregados domésticos, turismo e hospitalidade, construção civil, indústrias de instrumentos musicais e de brinquedos, estabelecimentos hípicos, motoboys, empregados em garagens e estacionamentos, empregados em hotéis, restaurantes, bares e similares, trabalhadores marítimos do 1º grupo de aquaviários que trabalham nas seções de convés, máquinas, câmara e saúde, em todos os níveis (I, II, III, IV, V, VI, VII e superiores)

Faixa 2: R$ 887,98
Quem entra: indústrias do vestuário e do calçado, indústrias de fiação e de tecelagem, indústrias de artefatos de couro, indústrias de papel, papelão e cortiça, empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas, empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas, empregados em estabelecimentos de serviços de saúde, empregados em serviços de asseio, conservação e limpeza, e trabalhadores em call-center, TV a cabo e similares

Faixa 3: R$ 908,12
Quem entra: indústrias de móveis, químicas e farmacêuticas, cinematográficas, alimentação, empregados no comércio em geral, empregados de agentes autônomos do comércio, em exibidoras e distribuidoras cinematográficas, movimentadores de mercadorias em geral, trabalhadores no comércio armazenador e auxiliares de administração de armazéns gerais

Faixa 4: R$ 943,98
Quem entra: indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico, indústrias gráficas, de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana, indústrias de artefatos de borracha, em empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito, em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, nas indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas, auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino), empregados em entidades culturais, recreativas, de assistência social, de orientação e formação profissional, marinheiros fluviais de convés, marinheiros fluviais de máquinas, cozinheiros fluviais, taifeiros fluviais, empregados em escritórios de agências de navegação, empregados em terminais de contêineres e mestres e encarregados em estaleiros e vigilantes

Faixa 5: R$ 1.100
Quem entra: técnicos de nível médio, tanto em cursos integrados, quanto subsequentes ou concomitantes

Foto: Claudio Fachel / Palácio Piratini/Divulgação
Fonte: Zero Hora, CTB-RS e Governo do RS

Nenhum comentário:

Postar um comentário