Em reunião realizada na manhã desta terça-feira (3), o
Sindicato Patronal propôs aumento geral de 8,65% para quem ganha até R$
1.200,00; reajuste de 15,3% no piso inicial; 10% no piso a partir de um ano de
trabalho; e 10% de aumento no auxílio creche.
Houve avanço nas negociações, graças à mobilização dos
trabalhadores, pois na semana passada, a proposta patronal era de 7,5% de
reajuste, enquanto as assembleias dos sapateiros mantinham uma pedida maior.
No início da tarde desta terça, a direção do Sindicato dos
Sapateiros realizou uma atividade de Porta de Fábrica na Schutz, para informar
o andamento das negociações do Dissídio e também para formar uma comissão de
trabalhadores que negociará com a empresa uma série de reivindicações
específicas internas, como vale refeição, refeitório, uso de guarda-pó, entre
outras.
Funcionários da Schutz tiveram participação importante na
mobilização da categoria. Na quinta-feira (29), mais de 300 trabalhadores da
empresa, organizados pelo Sindicato dos Sapateiros, realizaram manifestação e
caminhada reivindicando melhores índices de reajuste no Dissídio. O presidente
do Sindicato dos Sapateiros, Vicente Selistre, ressaltava, na ocasião, que no
ano passado a inflação ficou na casa dos 5,8% e a categoria recebeu 8,8% no
Dissídio, o que dá um aumento real de 3,2%. Na sexta-feira (30), aconteceu
outra assembleia na Schutz e a decisão tomada foi que a categoria aguardasse
até o início da tarde desta terça para avaliar a nova proposta patronal. A data
base da categoria é 1º de agosto e vale destacar que em fevereiro os sapateiros
receberam uma antecipação de 4%.
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