A executiva estadual do PSB esteve reunida na noite desta
segunda-feira (23) e decidiu entregar os cargos e deixar o governo Tarso Genro.
Assim, os socialistas adotam no Estado a mesma postura da executiva nacional,
que decidiu sair do governo da presidente Dilma Rousseff.
“O Partido Socialista, e por ser Socialista, acerta em tomar
esta decisão também aqui no RS, por ser um partido nacional, por ser um partido
que sente de sua base militante que sempre, na qual muitos estiveram e
continuam nas ruas defendendo o Brasil e seu povo, defendendo que a politica
seja ética, transparente e pautada pelos projetos solidários e coletivos”,
declarou Vicente Selistre, suplente de deputado federal e membro da executiva
estadual do PSB.
Em seu perfil no Twitter, o deputado federal José Stédile
confirmou o resultado da reunião e informou, ainda, que a executiva do partido
decidiu pela saída com "quase consenso".
De acordo com o deputado federal Alexandre Roso, a direção
da legenda no Estado se reunirá com Tarso nesta terça-feira, com participação
do presidente estadual da legenda, deputado federal Beto Albuquerque, para
formalizar a decisão de colocar os cargos à disposição.
Apesar de não participar mais do governo, o PSB reiterou que
não está tomando essa atitude para migrar à oposição, mas para ter mais
liberdade para tomar decisões envolvendo a participação nas próximas eleições.
À noite, enquanto o PSB ainda debatia o tema, deputados da
bancada do PT na Assembleia foram convocados para uma reunião nesta terça-feira
com o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, e com o diretor-geral do Daer,
Carlos Eduardo Vieira — o departamento é subordinado à Secretaria de
Infraestrutura Logística, principal cargo ocupado pelo PSB no governo. A pauta
estaria relacionada ao fim da aliança.
Sobre o futuro comando da secretaria, há opiniões diversas
no PT, mas duas preponderam. A primeira delas é de que o partido deveria ficar
com a pasta, indicando o substituto de Caleb de Oliveira. A outra é de que
Tarso poderá passar o comando da secretaria ao PDT, em uma tentativa de se
aproximar da sigla, que também estuda sair do governo para lançar candidatura
própria ao governo do Estado.
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