Moradores de Campo Bom têm demonstrado preocupação com a
aparição de escorpiões pretos em diversos bairros da cidade. Diversas pessoas
levaram exemplares do animal até a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), que tem
orientado a comunidade sobre os cuidados e prevenções. O biólogo da Sema,
Jeferson Müller Timm, explica que a aparição do escorpião preto (Bothriurus
araguayae) é mais comum na época de verão e, embora tenha uma picada dolorida,
esta espécie não é perigosa e não oferece risco de morte. Sua picada é
semelhante ao ferrão de uma abelha, causando dor e irritação. Em caso de
acidente, deve-se procurar auxílio médico.
O animal habita geralmente terrenos arenosos, espaços e
frestas entre muros, entulhos e pedras, tem atividade noturna e alimenta-se de
pequenos animais como grilos e aranhas. Para prevenir infestações é importante
manter os terrenos limpos, livres de entulhos como restos de obras, telhas,
tábuas e afins, acondicionar corretamente o lixo e evitar o seu acúmulo, já que
os escorpiões podem ser atraídos pelos insetos que se alimentam dos restos de
alimentos.
Não é recomendado o uso de veneno para combater estes
animais pois o extermínio das populações pode abrir espaço para colonização de
espécies mais perigosas, como o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), um
animal bastante venenoso e cuja picada pode levar a morte e o escorpião marrom
(Tityus bahiensis), também bastante venenoso, mas não letal. Embora sejam mais
raros e ainda não tenham sido registrados na cidade de Campo Bom, estas espécies
tem ocorrência para região da grande Porto Alegre. Mais informações podem ser
obtidas pelo telefone 3598-8643 ou diretamente na Sema.
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