Mais de 500 toneladas de resíduos estavam acumuladas |
A limpeza adequada das podas urbanas e o descarte de móveis
velhos são um verdadeiro problema para a maioria dos municípios. Em Campo Bom,
a Prefeitura implantou uma solução que vem trazendo muitos resultados
positivos. Desde agosto do ano passado a cidade passou a contar com um
triturador para ser usado no processo da trituração dos galhos das podas
urbanas. O mesmo equipamento ajudou a dar uma destinação correta aos resíduos
dos moveis velhos recolhidos pelo serviço Caco treco.
No início, a máquina foi utilizada para triturar os galhos
das podas das arvores conforme calendário anual do município. Com o fim das
podas, a máquina foi direcionada para triturar um grande volume de móveis
(armários, roupeiros, cozinhas, sofás entre outros) que ficavam inutilizados
nas casas dos munícipes e que, após agendamento, foram recolhidos pelo serviço
gratuito do Caco treco e levados para a usina de resíduos doméstico, onde
passaram por uma triagem e, após, pelo descarte final.
Segundo o prefeito Luciano Orsi, o triturador, que tem um
custo mensal de locação de R$ 9.900,00, “possibilita maior agilidade na
realização dos serviços e a reutilização dos resíduos de podas de árvores,
desafogando o aterro sanitário e dando um destino adequado a este material”.
Ele explica que a ideia para esse ano é instalar uma máquina de trituração na
região que estiver recebendo a poda para reduzir o número de cargas que
precisam ser transportadas até o aterro sanitário. “É possível se obter uma
economia substancial no transporte, pois podemos transformar 16 caçambas de
galhos em apenas 1 com o material triturado e só então transportar o mesmo para
o destino. O material triturado poderá ser usado como cobertura do solo,
canteiros, paisagismo e compostagem”, explica Orsi.
Mais de 500 toneladas
Segundo levantamento realizado pelos técnicos da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente (Sema), o volume de material acumulado de anos
anteriores ultrapassou 500 toneladas. Após alguns meses de intenso trabalho a
equipe conseguiu triturar esse montante. A Sema estuda agora uma forma de dar a
destinação ecologicamente mais correta para esse material, como em queima de
fornos e caldeiras que estejam de acordo com as normas vigentes e evitando
assim um alto custo financeiro para o município em aterros licenciados para
tanto.
O secretário de Meio Ambiente, João Flávio da Rosa, comemora
a nova realidade. “Quando aceitei o desafio de assumir a SEMA, não tinha
conhecimento dessa grave situação e ao se deparar com o problema fui a busca de soluções criativas e sustentáveis
para esse material. Atualmente estamos realizando testes em olarias licenciadas
para estudar a viabilidade de aproveitamento desse material. Já os resíduos das
podas de árvores vão ser utilizado na compostagem de resíduo orgânicos que são
recolhidos no projeto Floração Hortas Urbanas e também em outras hortas
comunitárias que serão implantadas na cidade”, define o secretário.
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