Campo Bom prossegue na luta pela defesa dos interesses do
Município referentes ao PLP 461/17, em tramitação na Câmara de Deputados, que
deve mudar a matriz de distribuição do Imposto Sobre Serviços (ISS) para os municípios.
A cidade, assim como muitas outras do país, possui nos royalties decorrentes do
ISS uma importante fonte de renda, sendo fundamental para manter a máquina
pública em pleno funcionamento. A mudança na sistemática de recolhimento e
distribuição de tal tributo poderá ocasionar a derrocada de serviços públicos
na cidade, com um profundo impacto econômico e social, afetando principalmente
a oferta de serviços públicos essenciais à comunidade.
Representando o prefeito Luciano Orsi, que não pode comparecer
à Capital Federal por motivos de saúde, o chefe de Gabinete, Tiago Vargas,
juntamente com a comitiva do município de Poá/SP, encabeçada pelo prefeito Gian
Lopes, está com uma intensa agenda de mobilização em Brasília para reverter a
perda de recursos destes municípios com a mudança da matriz de distribuição
deste imposto. Para tanto, as duas cidades protocolaram ofícios à Confederação
Nacional dos Municípios (CNM), ao presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo
Maia, ao deputado Luiz Lauro Filho (relator da PLP 461/2017) e ao ministro do
Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que também receberá uma petição
abordando as questões técnicas e pleiteando um espaço para negociação.
Vargas destaca que Campo Bom está somando forças com Poá
para que seja estudada uma contraproposta para reverter as perdas decorrentes
da Lei Complementar 157/2016, tanto para eles como para outros municípios
afetados. “Temos feito um trabalho intenso com deputados e senadores,
principalmente os da bancada gaúcha, para que possamos fazer os ajustes
necessários na PLP de forma a não penalizar Campo Bom. A perda da arrecadação,
principalmente da GetNet para o Município, seria um duro golpe na nossa
economia, com sérios riscos de inviabilizar a máquina pública. O tributo continuará
sendo cobrado das empresas, mas os recursos não ficarão mais na cidade. A
necessidade de redução de investimentos em obras, ações e projetos; a
dificuldade de manter serviços públicos; a desaceleração nas obras de
infraestrutura; a exigência de redução de funcionários públicos; todas estas
medidas, que fatalmente terão de ser tomadas pelo Município em decorrência da
queda da arrecadação, terão um impacto econômico e social negativo na
comunidade campo-bonense difíceis de mensurar em números”, explica Vargas.
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