Páginas

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Aeromóvel até Campo Bom

Com o sepultamento da segunda linha do metrô em Porto Alegre, uma nova alternativa para a mobilidade na Região Metropolitana está no horizonte do governo federal. Interessado em investimentos no Brasil, um grupo de chineses procurou o Palácio do Planalto para apresentar a ideia de um aeromóvel interligando a Capital, Alvorada, Viamão, Gravataí e Cachoeirinha.
As conversas entre executivos da China Railway Engineering Group e o governo são preliminares e iniciaram-se sob o comando do ministro Eliseu Padilha. Para seguir adiante, depende ainda de articulação com o Ministério das Cidades. Já se sabe que os chineses têm um ativo bilionário à disposição para investimentos no Brasil. O interesse comum é pelo “meio de transporte por via elevada de propulsão pneumática”.
Para viabilizar o aeromóvel sem aporte público, o governo teria de conceder, por cerca de 30 anos, a Trensurb. Como contrapartida, a empresa se comprometeria em construir a estrutura nessas cinco cidades. O ponto de partida seria na zona norte de Porto Alegre, próximo à Fiergs, onde seria também o fim da linha. A operação do sistema estaria nas mãos da chinesa.
Ainda não há um contrato com a União, mas outra exigência seria a ampliação do trensurb, que hoje vai até Novo Hamburgo. Estaria no acordo a construção de estações em Campo Bom, Parobé e Taquara, onde seria, então, o fim da linha.
O grupo chinês é o mesmo responsável pela estrutura do meio de transporte contratado pelo ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge. No município, a negociação foi possível graças a um financiamento.
De acordo com Eliseu Padilha, a concessão seria a melhor forma de retomar o investimento em mobilidade no Rio Grande do Sul. Aponta que o negócio é a solução que o governo pode oferecer:
— É infinitamente mais barato do que construir rodovias.

O ministro descartou qualquer possibilidade de reaver a verba perdida para a construção da segunda linha do metrô em Porto Alegre, reservada ainda no governo de Dilma Rousseff. Foi por falta de dinheiro no Estado e na Capital que o projeto não deslanchou. (Fonte: http://anptrilhos.org.br)

Nenhum comentário:

Postar um comentário