Dizendo ter orientação de seu advogado, Paulo Rogério Leites foi a Câmara na noite desta segunda-feira (12), baseado em seu direito constitucional de ir e vir. Diante da presença do cidadão, o presidente do Legislativo suspendeu a sessão e logo em seguida deu por encerrados os trabalhos alegando descumprimento de resolução da Casa. A pauta da noite deverá ser apreciada em sessão extraordinária marcada para quarta-feira, dia 14, às 7 horas da manhã.
O incidente desta segunda-feira se deu em função de decisão
inédita da Câmara, que aprovou uma resolução da Mesa Diretiva proibindo dois
cidadãos, um deles Paulo Rogério Leites, de entrarem no recinto da Casa do Povo
durante as sessões. Motivo de tal resolução teriam sido manifestações ocorridas
no dia 31 de julho, quando estiveram na Câmara representantes do Consórcio
Coletivo Campo Bom, que deveriam responder sobre os serviços prestados junto ao
transporte público, bem como das linhas/horários, itinerários novos, preços das
passagens e planilhas de custos. No início da reunião, naquela ocasião, um dos
representantes da consorciada fez um relato justificando o valor da passagem
(R$ 2,75) e afirmando que a empresa não tem como baixar os preços. Lamentou,
inclusive, que a administração municipal não estivesse representada no
encontro, dando a entender que redução do preço da tarifa só será possível se a
Prefeitura subsidiá-la. Os vereadores, por sua vez, não foram incisivos nos
seus questionamentos, o que irritou algumas pessoas da assistência. Diante das
manifestações e das respostas à algumas provocações de alguns vereadores e até mesmo do porta-voz da empresa, o
presidente da Câmara, Max de Souza, encerrou os trabalhos. Na sessão seguinte foi
aprovada a resolução proibindo os dois cidadãos de assistirem os trabalhos por
60 dias.
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