Os sapateiros pedem 13%, os patrões ofereceram 7,5% e ainda não houve acordo no Dissídio 2013, em Campo Bom. Em assembleia realizada na noite de terça-feira (27), na sede do Sindicato dos Sapateiros, a proposta patronal foi rejeitada.
A data base da categoria é 1º de agosto e a pedida aprovada na primeira assembleia do Dissídio 2013, realizada em 19 de junho, é de 6% de aumento real, mais a inflação, o que chega a pouco mais de 13%. Vale destacar que em fevereiro os sapateiros receberam uma antecipação de 4%, percentual que poderá ser descontado pelos empregadores agora, no Dissídio.
Com a rejeição da proposta patronal, seguem as negociações no Ministério do Trabalho, em Novo Hamburgo. A reunião de terça também autorizou o Sindicato a continuar a mobilização da categoria e uma nova Assembleia Extraordinária será convocada assim que as negociações avancem.
Sérgio Santos, integrante do Conselho Deliberativo do Sindicato, defendeu a rejeição da proposta patronal argumentando que 7,5% não é aumento que se apresente e ressaltou que é por essa falta de incentivo das empresas que ninguém quer ver seus filhos seguindo nesta atividade. “O Sindicato faz a frente, mas todos nós temos que ajudar nessa luta por melhores salários”, disse na assembleia.
Julio Lopes, vice-presidente do Sindicato, também reforçou o apelo à categoria para lutar por seus direitos afirmando que a briga tem de ser por, pelo menos 10%, para que haja aumento real de salários. “Mantivemos contato com vários sindicatos da região e sugerimos que não aceitem os 7,5% que os patrões estão oferecendo”, argumentou.
O presidente do Sindicato, Vicente Selistre, manifestou sua preocupação com o futuro da categoria. “A classe patronal deveria se preocupar em criar um piso profissional e assim o jovem voltaria a ter interesse em ser sapateiro”, completou Vicente enfatizando que a mobilização da categoria deve ser mantida e que todos devem, nas fábricas, mostrar aos companheiros a importância dessa luta.
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