Uma feira histórica, que pode marcar a retomada dos negócios
para o setor calçadista nacional. O discurso, unânime, de autoridades que
abriram oficialmente a 47ª edição da Feira Internacional da Moda em Calçados e
Acessórios – Francal soou como uma sinfonia de otimismo para o segmento que, ao
longo do semestre, viu o mercado interno encolher cerca de 5% e o externo,
apesar dos sinais de melhoras, encolher junto, em torno de 11%. Com 800 marcas
expositoras, a Francal iniciou na segunda-feira (6) e segue até quinta (9),
período em que serão apresentados os principais lançamentos das coleções de
primavera-verão no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo/SP.
O presidente da Francal, Abdala Jamil Abdala, destacou que é
“hora de virar o jogo”. Para o empresário, a recuperação passará pelo mercado
externo, tendo como aliada o dólar mais valorizado e a recuperação da economia
mundial. "Ciente disso, a Francal investiu pesado para trazer mais de mil
importadores de 70 países", disse.
Com um discurso otimista, o presidente-executivo da
Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein,
ressaltou a possível, e provável, recuperação das exportações no segundo
semestre do ano. Aproveitando o potencial exportador do calçadista brasileiro e
as condições favoráveis do dólar valorizado, segundo Klein, o setor deve
retomar, a já partir da Francal, um caminho favorável no mercado internacional.
O executivo da entidade calçadista destacou que a
perspectiva de retomada encontra um setor “pronto”. Segundo ele, as exportações
de calçados, embora tenham caído cerca de 30% em volume nos últimos cinco anos,
foram pulverizadas para mais destinos, chegando a 150 países. “Acreditamos que
o setor deve iniciar uma retomada nas exportações, rumo à recuperação integral
das perdas que tivemos nesses últimos anos”, projetou Klein.
“O varejo não pode
abrir mão da Francal. A feira está consolidada no nosso calendário”. O recado
foi do presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados
(Ablac), Imad Esper. Direto, o dirigente lojista ressaltou que São Paulo segue
sendo a “Meca“ dos negócios e da moda brasileira. Ainda conforme Esper, mesmo
com a dificuldade encontrada no primeiro semestre, o varejo de calçados não
deverá desanimar, sabendo que tem mais de 200 milhões de pessoas para calçar.
Destacando as medidas de redução no ICMS para a indústria de
calçados de São Paulo (de 18% para 12%), o governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin, se disse um “amigo do setor, porque é amigo do emprego". O
governador ressaltou a satisfação em encontrar o setor confiante na maior feira
de lançamento das coleções de primavera-verão do Brasil. “O otimista pode
errar, mas o pessimista já começa errando”, disse, citando célebre frase do ex-presidente
Juscelino Kubitschek. (Fonte: Imprensa Abicalçados)
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