A Assembleia Legislativa aprovou, nesta terça-feira (1º),
por 38 votos a favor e três contrários, o projeto do governo estadual que
reajusta em 9,6% o piso regional dos trabalhadores do Rio Grande do Sul. Em
meio a protesto das entidades sindicais, contrárias ao índice abaixo da
inflação, os deputados fixaram os novos valores, que variam entre R$ 1.103,66 e
R$ 1.398,65.
O reajuste entrará em vigor a partir da data de publicação
da lei, com efeitos retroativos a 1º de fevereiro de 2016. A emenda do deputado
Elton Weber (PSB), que concedia reposição da inflação em duas partes até maio,
acabou sendo afastada por uma estratégia da base do governo, que apresentou
requerimento de preferência de votação, sem emendas. A proposta precisou do
voto de minerva da presidente Silvana Covatti (PP) depois de ficar empatada em
25 votos para cada lado.
Após a decisão, antes mesmo do início da votação do texto,
representantes da CUT e CTB, que acompanhavam a sessão, esvaziaram as galerias.
Os poucos que permaneceram deram as costas para o Plenário. As categorias defendiam
um reajuste de 11,68%.
Guiomar Vitor, presidente da CTB-RS, avaliou como um
"erro histórico" o reajuste abaixo da inflação. “É o primeiro
reajuste inferior à inflação desde 2001. Um erro político histórico. Estamos
falando de pessoas que não têm negociação coletiva e dependem do Estado”,
sustentou.
Os novos valores aprovados incidem sobre o salário de
categorias de trabalhadores que não têm convenções ou acordos coletivos e sobre
aqueles que vivem na informalidade. De acordo com o governo estadual, o
reajuste atingirá 1,13 milhão de trabalhadores, tanto em empregos formais
quanto informais.
(Fonte: Zero Hora - Foto: Félix Zucco / Agencia RBS)
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