Na contramão da crise econômica e política do Brasil, o
Parque Tecnológico da Feevale comemora um 2016 de muita produtividade
Atingindo sua meta para este ano, o Feevale Techpark
finaliza 2016 com 50 empresas instaladas, entre residentes, lotes e incubadas
na Incubadora Tecnológica da Universidade Feevale. Apesar de ter sido um ano de
retração na economia de todo o país, no Parque o balanço é bastante positivo.
Além de alcançar o número de empresas projetado, neste ano, pela primeira vez,
o Feevale Techpark ficou entre os três melhores parques do país, de acordo com
a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores -
Anprotec, firmou acordo de cooperação com outros dois parques com vistas para a
internacionalização, promoveu novos programas e ações de fomento ao
empreendedorismo e à inovação, entre tantos outros feitos.
“Embora estejamos, de modo geral no Brasil, em um ano de
crise política e recessão econômica, para o Feevale Techpark foi um ano muito
especial. Se lembrarmos do início de 2015, eram 24 empresas, então vamos mais
que dobrar esse número em menos de dois anos. São empresas que trabalham com tecnologia,
inovação, que têm capital humano qualificado, que têm visão diferenciada”,
aponta Cleber Prodanov, pró-reitor de Inovação da Universidade Feevale.
A integração com o poder público e com o setor privado
também foi um ponto que evolui de forma positiva para o Parque Tecnológico da
Universidade Feevale. “Temos procurado captar recursos com os governos Federal,
Estadual e, também, na esfera municipal, pelas prefeituras de Campo Bom e Novo
Hamburgo. Tivemos bons retornos, bons editais e vamos encerrar o ano com mais
de R$ 3,4 milhões em projetos só no Feevale Techpark. Então, são recursos muito
significativos que foram injetados no Parque, o que repercute no apoio às
empresas, no apoio aos acadêmicos, no apoio à própria universidade”, explica
Prodanov.
Em 2016, a Universidade Feevale, por meio do Feevale
Techpark, assinou acordo de cooperação com o Parque Tecnológico de São Leopoldo
– Tecnosinose com o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), em um
momento de integração entre universidades entre parques tecnológicos. “Os três
parques já estão em um estágio mais avançado de consolidação no estado, estão
em uma região metropolitana e têm muito mais a complementar um ao outro do que
a competir. Por isso, resolvemos unir nossas forças, principalmente em
programas para internacionalizar nossas empresas, trazer investimentos do
exterior, participar de programas, práticas e missões conjuntas, o que tem dado
um apoio muito importante para nossas empresas, além de promover uma
visibilidade nacional e internacional muito grande”, complementa.
Em 2016, o Feevale Techpark consolidou programas já
existentes, como o Pílulas da Inovação, que promove a capacitação para o
empreendedorismo e a inovação, e lançou novas propostas. De acordo com o
titular da Proin, ele é um grande ambiente de inovação que deve dialogar com a
Universidade, com os acadêmicos, com os professores, com o ensino, com a
pesquisa, com a extensão e, também, com a sociedade, se consolidando como uma
verdadeira porta de entrada de negócios para a Universidade. “Sendo assim, de
nada adianta apenas trazermos empresas, ou fazê-las empresas crescerem. É
preciso promover o empreendedorismo e inovação. É o que fazemos por meio de
alguns programas. Por exemplo, com o Pílulas da Inovação capacitamos mais de
mil pessoas em 35 cursos. Em 2016 lançamos o Parceiros de Negócios, por meio do
qual empresas do Parque ou de fora dele podem ser nossas parceiras, oferecendo
suas soluções”, detalha. Prodanov explica que os programas desenvolvidos
aproximam o Parque Tecnológico da sociedade e humanizam essa relação, pois
ratificam o viés de desenvolver o empreendedorismo, a inovação e trabalhar com
a nova geração essa perspectiva.
A Universidade Feevale sediou, em 2016, a segunda edição do
Startup Weekend, parte da estratégia de desenvolver o empreendedorismo e a
inovação. “A proposta desse evento é reunir, em um fim de semana 125 pessoas,
em uma imersão para que trabalhem intensivamente a fim de montar o seu negócio.
Trabalhamos uma metodologia, desenvolvemos a ideia, fazemos a integração, o
network das pessoas, o contato desses empreendedores com outros empreendedores,
com investidores, com mentores, e no final de 54 horas, premiamos as melhores
ideias, as que estão melhor organizadas”, aponta o pró-reitor. A proposta do
evento é trabalhar uma metodologia para que os participantes saibam que montar
um negócio pode ser interessante, pode ser criativo. “Isso faz parte da nossa
estratégia de motivar e é uma experiência pra vida, já que quem participa leva
isso pro seu ambiente de trabalho, pra sua universidade e contagia. Por isso,
que a cada edição o evento vem crescendo, e no ano que vem já estamos pensando
em fazer algo melhor ainda, diferente”, relata.
“Tendo em vista que
2016 foi um ano excepcional para o Feevale Techpark, o que esperamos para 2017
é a consolidação dos nossos programas, a continuidade do crescimento do Parque
e, principalmente, a consolidação do Câmpus III da Feevale, em Campo Bom,
fazendo com que Parque e Universidade dialoguem ainda mais. Especialmente em
Novo Hamburgo, é a consolidação do nosso hub de inovação, que vai trazer para
dentro da Universidade as empresas que hoje estão fora. Então vai ser um ano de
muito esforço para que possamos financiar essa ação”, finaliza Prodanov.
Em maio de 2015, o então Parque Tecnológico do Vale do Sinos
– Valetec passou por um reposicionamento de marca, assumindo o nome de Feevale
Techpark, ficando mais conectado à Universidade Feevale e ao sistema produtivo
regional. Tais mudanças integram um projeto que teve início em 2014, quando a
Universidade assumiu integralmente o Parque, e com a criação, em janeiro de 2015,
da Pró-reitoria de Inovação - Proin. Essa passou a responder por questões que
envolvem inovação e transferência de tecnologia no âmbito institucional, bem
como pela articulação entre universidade e empresa. Toda essa mudança
estratégica fez com que o Parque atraísse mais empreendimentos, saltando de 20,
no início de 2015, para 49 empresas atualmente instaladas. Recentemente, foi
inaugurado o Condomínio Empresarial Feevale Techpark 3, com espaço para mais 25
novos empreendimentos. Além disso, já foi iniciado o processo de implantação do
Câmpus III da Universidade Feevale junto ao Parque, onde funcionarão cursos
como Medicina Veterinária e Engenharia Biomédica.
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