Uma armação para angariar votos na eleição municipal. Esta
foi uma das constatações da Polícia Civil de Campo Bom após três meses de
investigações sobre o atentado sofrido pelo então candidato a prefeito,
Francisco dos Santos Silva, o Chiquinho. O inquérito aponta, também, para algo
que muita gente já suspeitava, a armação teria sido planejada pelo próprio
candidato.
Nesta segunda-feira (19), o delegado de Polícia de Campo
Bom, Clóvis Nei da Silva, entregou no Fórum local um inquérito policial indiciando
Francisco dos Santos Silva e Geisel Oliveira de Souza, pelo crime de incêndio
criminoso.
A investigação que resultou no indiciamento de Chiquinho
refere-se a atentado ocorrido na noite de 18 de setembro, quando o então
candidato foi atacado por um homem ao chegar em casa. Chiquinho, em seus
depoimentos à polícia e em entrevista coletiva à imprensa disse ter sido
atacado quando descia do carro ,no pátio de sua residência, na Avenida João
XIII, no Centro de Campo Bom.
“Ao que se deduz, a armação seria para angariar votos ao
candidato”, resumiu o delegado. Em seu inquérito, Clóvis indiciou Chico e seu
afilhado de casamento, Gesiel Souza, que teria participado ativamente da farsa.
Eles foram indiciados por incêndio criminoso e, conforme o Artigo 250 do Código
Penal, se considerados culpados, podem pegar de seis meses a dois anos de
detenção.
No dia seguinte ao suposto atentado, preocupados com a
repercussão do fato e desejosos da elucidação do caso, os também candidatos a
prefeito Luciano Orsi e Vicente Selistre foram até a sede da Secretaria de
Segurança Pública. Os dois pediram rigor e celeridade nas investigações e ouviram
do subsecretário da Segurança Pública, delegado Jorge Soares, que o Estado teria
o maior interesse em solucionar o caso e assim tranquilizar a comunidade
campo-bonense.
O delegado regional do Vale do Sinos, Rosalino Seara,
colocou os dois então candidatos (Luciano e Vicente) a par da investigação.
Informou que Francisco dos Santos foi ouvido ainda no domingo pelo delegado
Clóvis Nei da Silva.
O PMDB campo-bonense (que foi convidado a participar da
audiência em Porto Alegre, mas não enviou representante) na ocasião, lançou
nota oficial demonstrando preocupação com caso relatando que o seu candidato
sofreu uma tentativa de assassinato por parte de um encapuzado que, armado e
com um galão de gasolina, teria agido no momento em que o político chegava em
casa.
Francisco saiu ileso do episódio, mas teve seu carro
incendiado e perfurado por dois tiros.Nosso povo merece mais respeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário