Foto: Eder Zucolotto |
São pessoas de várias idades, de jovens a idosos, homens e
mulheres, com diferentes histórias de vida, mas todas com um vício em comum: o
cigarro. Com uma breve apresentação e relatos sobre a convivência com o vício,
teve início na tarde desta quarta-feira, 18, o Grupo de Combate ao Tabagismo.
No encontro, promovido na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o grupo de 10
pessoas, teve as primeiras instruções sobre como funcionará a dinâmica dos
encontros.
O grupo surgiu com a finalidade de ajudar os usuários que
têm vontade de parar com o cigarro e precisam de incentivo. A cada semana serão
realizadas diferentes atividades de apoio aos pacientes. Esse trabalho é
interdisciplinar e o grupo contará com o suporte e acompanhamento de uma equipe
multiprofissional, contando com psicólogo, dentista, educador físico, médico,
farmacêutico, enfermeiro e nutricionista. Após o primeiro mês os encontros
serão quinzenais. O tratamento deve durar três meses, quando terá início um
novo grupo.
“Muitos destes fumantes começaram com o vício ainda na
infância, por interferência dos avós ou pais que muitas vezes pediam para a
criança acender o cigarro ou palheiro. Nós acolhemos esses pacientes,
analisamos o seu grau de dependência da nicotina e, com base nesses dados,
criamos um plano individual, dentro da rotina dele, dentro do que ele vive.
Tentamos descobrir o máximo de informações sobre ele, com a ajuda dos
profissionais do grupo”, conta a titular da SMS, Suzana Ambros Pereira.
Medicamento sozinho não faz milagre
Em alguns casos é necessário o uso de medicamentos
prescritos pelo médico, que vão de remédios ansiolíticos, goma de mascar a
adesivos de nicotina. No entanto, a enfermeira Rita Spengler, coordenadora da
Vigilância em Saúde, insiste que o mais importante é a participação frequente
do paciente no grupo.
“Às vezes, as pessoas chegam pensando que vão conseguir
largar o vício apenas com medicamento. Primeiro acolhemos o fumante e
explicamos que não adianta só tomar remédio e não participar dos encontros.
Também pedimos neste primeiro encontro que cada um definisse um Dia D para
parar de fumar e que ele ocorresse até nosso terceiro encontro. Se reduzirem o
consumo já poderão ter uma qualidade de vida melhor, mas trabalhamos e queremos
que todos parem de fumar”, destaca Rita.
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