Páginas

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Fórum discutiu diversidade étnico-racial

Foto: Eder Zucolotto
Tolerância, amor, diversidade, aceitação, harmonia e igualdade. Essas palavras estiveram presentes no debate que ocorreu entre líderes de diversas religiões como parte da programação do o II Fórum Municipal da Diversidade Étnico-Racial de Campo Bom. O evento, que aconteceu no teatro do Cei ao longo da segunda-feira, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, teve como tema O respeito como Caminho nas Experiências Inter-religiosas. Na parte da noite, um grande público pode acompanhar os relatos de experiências de líderes religiosos de diversas religiões que demonstraram que é possível conviver com a diversidade.
Ainda assim, o que se pode perceber na fala dos religiosos é que é preciso promover nas pessoas a reflexão sobre a importância da empatia, de se colocar na pele do outro e de praticar o respeito. Participaram da roda de debates Clemildo Anacleto da Silva, professor ligado à igreja metodista, coordenador do Núcleo de Estudos sobre Educação, Diversidade e Direitos Humanos; Pai Dejair Babalorixá – Dejair Roberto Haubert - Babalorixá, filho de Ogum, que dedica a vida aos Orixás; Aurélio Leandro Dall Onder, reverendo Luterano da IELB – Comunidade da Paz de Campo Bom; Padre Chagas, da Igreja Católica Cristo Rei de Campo Bom – Membro da Associação dos Bispos, Presbíteros e Diáconos Negros do Brasil. A mediação ficou a cargo da professora Selenir Kronbauer, coordenadora do Curso de Extensão Temática Afro e Indígena da Escola Superior de Teologia (EST).
Durante a tarde o fórum reuniu educadores da rede municipal, no encontro que finalizou o Curso de extensão de 2017 da temática Afro e Indígena que foi oferecido pela Secretaria de Educação e Cultura (Smec) para professores ao longo do ano. Durante o evento, os educadores relataram e apresentaram projetos realizados durante o ano com os estudantes sobre a temática. Segundo a titular da Smec, Simone Schneider, o curso, mais do que uma exigência da lei, é uma necessidade da sociedade plural em que vivemos. “A diversidade é a grande marca do mundo, pois todos nascemos de formas diferentes. Para vivermos em harmonia é importante que preparemos nossos alunos pedagogicamente para construírem um mundo mais justo e harmonioso”, definiu a secretária.
Dança dos Orixás
Um mergulho no universo da dança dos orixás, resgatando o legado deixado no extremo sul do Brasil a partir dos escravos que para cá foram trazidos e submetidos ao trabalho forçado na indústria do charque. Assim foi o espetáculo A Dança dos Orixás, da Cia. de Dança Afro Daniel Amaro que, através da dança, demonstrou ao público um pouco da cultura africana e do legado do povo negro. No palco, o grupo de sete bailarinos representou sete orixás diferentes. Essa foi a primeira apresentação da Cia.de Dança Afro-Brasileira na cidade. Criada no ano de 2000, em Pelotas, com 6 espetáculos montados, o grupo já apresentou suas obras em mais 42 cidades do Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário