Foto: Eder Zucolotto |
Tolerância, amor, diversidade, aceitação, harmonia e
igualdade. Essas palavras estiveram presentes no debate que ocorreu entre
líderes de diversas religiões como parte da programação do o II Fórum Municipal
da Diversidade Étnico-Racial de Campo Bom. O evento, que aconteceu no teatro do
Cei ao longo da segunda-feira, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, teve
como tema O respeito como Caminho nas Experiências Inter-religiosas. Na parte
da noite, um grande público pode acompanhar os relatos de experiências de
líderes religiosos de diversas religiões que demonstraram que é possível
conviver com a diversidade.
Ainda assim, o que se pode perceber na fala dos religiosos é
que é preciso promover nas pessoas a reflexão sobre a importância da empatia,
de se colocar na pele do outro e de praticar o respeito. Participaram da roda
de debates Clemildo Anacleto da Silva, professor ligado à igreja metodista,
coordenador do Núcleo de Estudos sobre Educação, Diversidade e Direitos
Humanos; Pai Dejair Babalorixá – Dejair Roberto Haubert - Babalorixá, filho de
Ogum, que dedica a vida aos Orixás; Aurélio Leandro Dall Onder, reverendo
Luterano da IELB – Comunidade da Paz de Campo Bom; Padre Chagas, da Igreja
Católica Cristo Rei de Campo Bom – Membro da Associação dos Bispos, Presbíteros
e Diáconos Negros do Brasil. A mediação ficou a cargo da professora Selenir
Kronbauer, coordenadora do Curso de Extensão Temática Afro e Indígena da Escola
Superior de Teologia (EST).
Durante a tarde o fórum reuniu educadores da rede municipal,
no encontro que finalizou o Curso de extensão de 2017 da temática Afro e
Indígena que foi oferecido pela Secretaria de Educação e Cultura (Smec) para
professores ao longo do ano. Durante o evento, os educadores relataram e
apresentaram projetos realizados durante o ano com os estudantes sobre a
temática. Segundo a titular da Smec, Simone Schneider, o curso, mais do que uma
exigência da lei, é uma necessidade da sociedade plural em que vivemos. “A
diversidade é a grande marca do mundo, pois todos nascemos de formas
diferentes. Para vivermos em harmonia é importante que preparemos nossos alunos
pedagogicamente para construírem um mundo mais justo e harmonioso”, definiu a
secretária.
Dança dos Orixás
Um mergulho no universo da dança dos orixás, resgatando o
legado deixado no extremo sul do Brasil a partir dos escravos que para cá foram
trazidos e submetidos ao trabalho forçado na indústria do charque. Assim foi o
espetáculo A Dança dos Orixás, da Cia. de Dança Afro Daniel Amaro que, através
da dança, demonstrou ao público um pouco da cultura africana e do legado do
povo negro. No palco, o grupo de sete bailarinos representou sete orixás
diferentes. Essa foi a primeira apresentação da Cia.de Dança Afro-Brasileira na
cidade. Criada no ano de 2000, em Pelotas, com 6 espetáculos montados, o grupo
já apresentou suas obras em mais 42 cidades do Brasil.
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