No dia 30 de julho a Prefeitura de Campo Bom, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), iniciou o projeto Construindo o Espelho da Comunidade. A ação está sendo desenvolvida pela equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) em conjunto com as equipes de Estratégia da Saúde da Família (compostas por Agentes Comunitário de Saúde, enfermeiras e técnicas de enfermagem), e criou um mapa para identificar as áreas de grupos em situação de risco ou vulnerabilidade, além de dados demográficos e epidemiológicos.
Foram identificados exemplos de agravos ou situações de saúde que indicam a necessidade de acompanhamento da equipe de saúde, também chamados de indicadores de saúde como: crianças menores de dois anos, gestantes, idosos acamados/domiciliados, pessoas com deficiência, com doenças crônicas, dentre outros.
Para isso, foram organizados encontros divididos em três módulos educacionais, que visam aprimorar o diagnóstico em saúde da comunidade de Campo Bom. Nesses primeiros dois encontros as equipes iniciaram o levantamento de dados geográficos, epidemiológicos mapeados na comunidade em indicadores visuais. No último encontro, no próximo mês, serão apresentadas as principais ferramentas e ações que serão utilizadas como estratégias que permitirá eleger prioridades para o enfrentamento dos problemas identificados nos territórios de atuação, o que refletirá na definição das ações mais adequadas, contribuindo para o planejamento e programação local.
Para o coordenador da Farmácia Municipal Fabrício Correia Marques, o projeto proporcionará aos integrantes, uma troca mútua de conhecimento e proporcionará à comunidade serviços de promoção à saúde preventiva mais efetivos. “O mapa-vivo evidenciará informações que antes estavam ocultas e serão fundamentais para diagnosticar e identificar os problemas e necessidades de saúde da população. E permitirá a tomada de decisão das ações de saúde de forma mais eficiente, possibilitando reconhecer os potenciais da comunidade”, afirma o farmacêutico.
Sobre o mapa-vivo
O mapa-vivo ou mapa inteligente pode apresentar, por exemplo, o fluxo da população através das ruas, os transportes utilizados e as barreiras geográficas que dificultam o acesso da população à unidade e na circulação no bairro; as características das moradias e seus entornos; as condições de saneamento básico, presença de esgotos a céu aberto e lixo, área abastecida por água tratada e fluoretada; infraestrutura urbanística: características da ocupação do espaço urbano, ruas, calçadas, praças, espaços de lazer e paisagismo; as condições do meio ambiente, como desmatamento ou poluição; os principais equipamentos sociais: escolas, creches, centro comunitários, clubes, igrejas e outros serviços que a população utiliza para desenvolver a sua vida no território; a presença de animais no entorno das residências e nas ruas; além de áreas de risco social de diversas ordens.
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