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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Ações na Justiça pedem correção monetária do FGTS entre 1999 e 2013

Vem sendo noticiado na grande mídia, e muitos trabalhadores estão sedentos de mais informações, que muitas ações na Justiça pedem a correção monetária do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) no período entre 1999 e 2013. Essas ações foram motivadas pela desvalorização sofrida com a falta de aplicação de índices adequados de inflação nos últimos 14 anos. Mas ainda não houve decisão definitiva do Judiciário sobre o assunto.

O vice-presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da IV Região (Amatra IV), juiz Rubens Clamer dos Santos Junior, em entrevista ao Espaço do Trabalhador do CLICRBS, diz que não é conhecida jurisprudência (interpretação reiterada que os tribunais dão à lei) sobre o assunto. “A questão é muito nova, ainda deve demorar. Mas é fato: as perdas são matemáticas, o trabalhador foi lesado. E o prejuízo é dobrado, devido às indenizações de 40% sobre o FGTS nas demissões sem justa causa. O valor é baseado no saldo do FGTS e terá de ser recalculado. Também haverá pedido de ressarcimento às empresas”, diz o juiz. Na mesma entrevista, o magistrado lembra que o caso é similar ao ocorrido com os Planos Verão e Collor: após diversas ações, em 2000 o Supremo Tribunal Federal determinou reposição de 68,90% nas contas do FGTS existentes entre dezembro de 1988 e abril de 1990. “A matéria poderia ser resolvida com a criação de uma lei pelo governo, uma vez que atinge todos os trabalhadores com carteira assinada”, adverte o juiz Rubens.

Em Campo Bom, o Setor Jurídico do Sindicato dos Sapateiros tem recebidos muitos trabalhadores que buscam informações e esclarecimentos. O atendimento ocorre às quartas e sextas-feiras, das 16 às 18 horas, na sede do Sindicato. Agendamentos podem ser feitos pelo fone 3597.2444 (opção 5).

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