Nos anos de 2015 e 2016, a Ouvidoria Nacional dos Direitos
Humanos, por meio do Disque 100, recebeu mais de 37 mil denúncias de violência
sexual na faixa etária de 0 a 18 anos. No ano passado, Rio Grande do Sul foi um
dos estados que lideraram o ranking das mais de 14 mil denúncias feitas por
meio do Disque 100. Para conscientizar a população sobre esta situação
preocupantes, a Prefeitura de Campo Bom promoveu na quarta-feira, 17, uma
caminhada luminosa. Munidos de velas, balões e cartazes, a comunidade e setores
envolvidos com a proteção das crianças e dos adolescentes fizeram uma caminhada
que partiu do Largo irmãos Vetter até a rampa de acesso do Centro
Administrativo com o objetivo de informar a comunidade sobre os tipos de
violência que vêm ocorrendo na nossa sociedade, como também divulgar os
recursos de proteção para prevenir que ocorram novas situações de violência.
A ação fez parte do Ato Público de Enfrentamento à Violência
Sexual Contra Crianças e Adolescentes, evento promovido pela Prefeitura, por
meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) com o
apoio do Comitê de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual contra
Crianças e Adolescentes.
O prefeito em exercício, Beto Santos, destacou que é dever
de toda sociedade atuar da defesa das crianças e dos adolescentes. “Este deve
ser um compromisso de todos, de denunciarmos através do disque 100 cada ato
suspeito que chegar ao nosso conhecimento. Temos de proteger aqueles que mais
precisam e usar nossa voz para aqueles que muitas vezes não conseguem ser
ouvidos”, definiu Beto.
O secretário de desenvolvimento Social e Habitação, Eduardo
Assmann, ressaltou a importância do disque 100. Esse número pode ser acionado
24 horas por dia, todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados. Não
deixem de denunciar, pois não podemos ficar calados diante de casos de
violência contra menores”, reforçou Assmann.
A campanha alerta a sociedade sobre a responsabilidade de
prevenir, enfrentar e denunciar o problema, pois quem cala diante de um crime
como esse é conivente com a situação. Durante a concentração no Largo Irmãos
Vetter, o evento contou ainda com apresentações artísticas, musicais e teatrais
de alunos do município, corais do Caps e do Cras, além de apresentações
musicais da Banda Marcial da Escola de Arte-Educação e do músico Paulo Gambim.
Sobre a data
A data de 18 de maio, instituída em 1998, é marcada em
homenagem à Araceli Cabrera Sanches, uma menina de oito anos que foi
sequestrada, violentada, espancada e morta em Vitória no dia 18 de maio de
1973. O crime é lembrado até hoje, mas os assassinos nunca foram punidos.
(Fonte: Imprensa PMCB)
Nenhum comentário:
Postar um comentário