Lúcia, Joãozinho, Geraldo e Elói |
Lúcia, Joãozinho, Elói e Geraldo são alguns dos trabalhadores
da falida Catléia que aguardam, há quase 20 anos, o pagamento de direitos trabalhistas.
Encontraram-se terça-feira (16), pela manhã, no Sindicato dos Sapateiros, para
fazer a atualização de seus documentos. Em comum, além do fato de terem
trabalhado na mesma empresa, a confiança que mantiveram no Sindicato durante
todos estes anos.
Elói Antônio Arnold, 66, começou em 1968 na Catléia. Saiu da
fábrica e voltou, ficando até seu fechamento. “Agora a expectativa é de
conseguir”. “A gente sabia que uma hora ia sair o nosso dinheiro”, conta
Geraldo Schulz, 52 anos, que por dez anos foi escovador da fábrica, seu primeiro emprego.
Lúcia de Gomes, 56 anos, não esquecerá nunca daquele ano. Seu
filho mais novo nasceu e ela estava justamente em licença-maternidade quando a fábrica,
na qual trabalhou oito anos na chanfração,fechou. Lúcia, assim como as outras
trabalhadoras e trabalhadores, não recebeu nada na saída, “só liberaram o FGTS
e o seguro desemprego”. Decidiu seguir a orientação do Sindicato e entrar na
justiça. Foram muitas as reuniões realizadas, segundo ela, “onde oSindicato tirava
dúvidas e passava todas as informações”.
Outro que nunca deixou de acreditar é Joãozinho Ricardo
Berletz, 67, “o Sindicato é meu chão firme”. No caso dele, foram22 anos e oito
meses trabalhando na Catléia e três meses sem receber pagamento. Joãozinho era
supervisor de corte, pré-costura e costura. “Foi bem triste”, relata, dizendo
também que não foi muito fácil encontrar emprego no período.
O Sindicato continua chamando os trabalhadores da Catléia
para a atualização dos documentos, pois cerca de 350 ainda não foram
localizados. O agendamento, para horário individual, pode ser era feito pelo
Fone 3597.2444, ramal 5.
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