Na tarde de segunda-feira,14, foi realizado um encontro entre
os profissionais de saúde mental, pacientes e acompanhantes no Centro de
Atendimento Psicosocial (CAPS) de Campo Bom, para celebrar um marco na história
da medicina psiquiatra no Brasil: O Dia Nacional da Luta Antimanicomial,
comemorado no dia 18 de maio. Para marcar essa data, tão importante para a
inclusão e humanização dos tratamentos de saúde mental, teve música com
participação do quarteto de cordas da Escola Arte – Educação CEI e uma palestra
sobre o assunto.
Para a secretária Municipal de Saúde Suzana Ambros Pereira
esse movimento é importante para que a sociedade se torne mais justa, mais
solidária e mais inclusiva. “Essa é uma ação que não ocorre só dentro do CAPS.
Temos o desafio de trabalhar a inclusão em toda rede, por isso desenvolvemos ações
constantes para que a sociedade aceite e inclua a todos, que todos possam ser
tratados e acolhidos o mais próximo de sua casa e para que sua família seja
incluída nesse processo”, afirma Suzana.
Desde 1990, o serviço em saúde mental em Campo Bom vem
acolhendo a população, mas foi em 2005 que o serviço se tornou o Centro de
Atendimento Psicosocial (CAPS). “Esse serviço já tem um tempo de estrada e tem
gente que também está aqui há bastante tempo. Sem o tratamento, nem todo mundo
conseguiria ir em frente”, diz a coordenadora do CAPS Madalena Lauschner. Como
é o caso da paciente O.B.C*, de 59 anos, que há 28 anos frequenta o serviço
psicossocial. “Eu aprendi a viver depois que comecei a frequentar o CAPS. Vocês
me ensinaram a viver”, afirmou. (*Paciente não identificada para preservar sua
identidade).
O Movimento da Reforma Psiquiátrica se iniciou após
profissionais da saúde mental, cansados do tratamento desumano e cruel dado a
usuários do sistema de saúde mental, organizarem o primeiro manifesto público a
favor da extinção dos manicômios durante o II Congresso Nacional de
Trabalhadores da Saúde Mental realizado em 1987, na cidade de Bauru/SP. Naquela
manifestação, nasceu o Movimento Antimanicomial.
Foto: Patricia Klein
Nenhum comentário:
Postar um comentário