A erradicação da poliomielite – que provoca a paralisia
infantil –, desde 1990, e do sarampo, desde 2016, é a principal hipótese do
Ministério da Saúde para a recente baixa no número de vacinações contra as
doenças. Em 312 municípios do Brasil, menos da metade das crianças com até 1
ano foram imunizadas contra a pólio. Ao mesmo tempo, há registros de contaminação
de pólio e sarampo em Roraima, Amazonas, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Segundo a titular da Secretaria Municipal de Saúde de Campo
Bom, Suzana Ambros Pereira, não imunizar as crianças contra essas e outras
doenças é crime previsto no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), no artigo
14. “Na contramão de todas as evidências científicas, existem pessoas
responsáveis pelas crianças que estão optando por não as vacinar. Ao não
imunizar os filhos para doenças que deixaram de ser comuns, como o sarampo e a
poliomielite, os responsáveis por essas crianças podem colocar em risco não só
a saúde das crianças, mas de todos à sua volta. O Sistema Único de Saúde (SUS)
oferece essas vacinas gratuitamente e pedimos que os pais consultem e mantenham
o calendário vacinal das crianças sempre atualizado, buscando a imunização e
orientações nas unidades de saúde do município”, alerta a secretária.
Campo Bom não registra nenhum caso suspeito ou confirmado de
pólio ou sarampo na cidade. De janeiro a maio deste ano, a SMS imunizou 355
crianças contra a pólio, totalizando 94,37% de cobertura. Já a vacinação contra
o sarampo, que faz parte da vacina Tríplice Viral (que imuniza contra sarampo,
rubéola e caxumba), atingiu 395 crianças, uma cobertura de 89,30%. “O número de
imunizações deve ser maior, pois as imunizações que são aplicadas na rede
particular não estão contabilizadas neste levantamento. O importante é que as
pessoas não deixem de imunizar seus filhos, isso é fundamental para a saúde e
bem-estar deles e de toda a sociedade”, destaca Suzana.
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