Entre janeiro e outubro, foram enviados ao vizinho US$ 71
milhões (cerca de R$ 183 milhões em sapatos. A projeção da Abicalçados (que
representa a indústria) é que esse número chegue a US$ 85 milhões até o fim
deste mês. Em 2013, foram US$ 121 milhões.
Enquanto as vendas brasileiras recuam, as asiáticas,
principalmente as chinesas e as vietnamitas, permanecem com boa performance. No
ano passado, elas alcançaram US$ 164 milhões. A expectativa é que registrem uma
alta de 9,76% em 2014.
"Podem falar que é questão de preço. Mas, se isso fosse
verdade, os argentinos não colocariam restrições aos nossos produtos",
afirma o presidente-executivo da entidade, Heitor Klein. No fim de setembro,
cerca de 370 mil pares brasileiros, o que equivale a US$ 6 milhões, estavam
retidos na alfândega aguardando licença para entrar no país.
"Entendemos que, por causa do apoio que a China dá em
financiamento e investimentos diretos para a Argentina, há um beneficiamento
aos asiáticos", diz. "Nem nos preocupamos muito mais com isso. Não há
perspectiva de solução. E não são só as barreiras, mas também tem a questão
financeira argentina."
Na última segunda-feira (1º), o Ministério do
Desenvolvimento divulgou que a demanda argentina por produtos brasileiros em
geral recuou 27% no acumulado do ano até novembro.
Fonte: Abicalçados/Folha de São Paulo
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