A economia gaúcha teve saldo positivo em 2014 na comparação com o restante do país, conforme o Relatório Econômico do balanço de 2014 da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS). Os dados foram apresentados pelo presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, em entrevista coletiva na terça-feira (16). A estimativa para o ano de 2014 no índice de volume de vendas do comércio varejista do Rio Grande do Sul é de crescimento de 2,5% na comparação com o ano passado. O período mais crítico no comércio gaúcho foi entre junho e agosto, em função da Copa do Mundo.
A avaliação com o cenário nacional
também é positiva. Enquanto o comércio no Estado cresceu 2,5%, nacionalmente o
setor teve queda de 1,12%. Já os serviços tiveram alta de 1,9%, contra 0,4% na
média brasileira. Apenas a indústria apresentou retração de 3,9%, sendo que no
Brasil o índice foi de - 1,62%.
Os artigos de uso pessoal e
doméstico, que incluem itens como brinquedos, joias e acessórios para o lar,
foram os que mais cresceram em volume de vendas no Estado, com alta de 8,33%,
entre janeiro e setembro deste ano. Os combustíveis e lubrificantes ficam na
segunda posição, com crescimento de 6,44%, seguidos por artigos farmacêuticos e
médicos (+ 6,19%). Já a maior queda em volume de vendas foi no setor de
equipamentos e materiais para escritórios, de informática e comunicação
(-17,49%), seguido de livros, jornais, revistas e papelaria (-2,96%) e veículos
e motocicletas (-1%).
Segundo o levantamento da FCDL-RS,
com base em índices da Capital, os preços no Rio Grande do Sul subiram no
decorrer de 2014. A maior alta foi nas despesas pessoais, como lazer,
tratamentos estéticos, serviços bancários e empregados domésticos, com 9,65% de
aumento. Em segundo lugar, educação (8,77%) e, em terceiro, alimentação
(8,73%). Esses três itens também ficam acima da alta de preços da média
nacional.
Inadimplência
Em novembro de 2014, o número de
dívidas regularizadas no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) aumentou 0,79% em
relação a outubro do mesmo ano. A FCDL-RS atribui a melhoria principalmente às
campanhas de recuperação de crédito e à injeção de capital extra na economia
com o 13º salário.
Nesta época do ano é que a maior
parte das dívidas é feita. O número médio de parcelas para as compras de Natal
é 4,9, o que significa que a maioria dos presentes estará paga após maio de
2015.
Projeções para 2015
O cenário brasileiro favorecerá o
comércio em 2015 em diversos fatores e o baixo desemprego é um deles. A FCDL-RS
acredita que esse índice deve seguir em patamares reduzidos. A entidade projeta
o crescimento do PIB entre 0,8% e 2% e um crescimento do consumo entre 1,5% e
2,8% das vendas no varejo.
A desvalorização do real é analisada
sob um aspecto otimista, já que resulta no aumento da competitividade da
exportação no país. Com a moeda brasileira valendo menos, encarecem os produtos
importados e a produção nacional é privilegiada.
O que pode prejudicar as estimativas
do ano que vem é a inflação, que tende a permanecer acima do centro da meta do
Banco Central (mais do que 4,5% ao ano). A inadimplência também segue maior que
o razoável e traz dificuldades de crédito para as pessoas físicas.
Fonte: Assessoria de Imprensa FCDL-RS
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