Os investidores e analistas do mercado financeiro voltaram a
elevar a expectativa do fechamento da inflação para 2015. Segundo o boletim
Focus, pesquisa junto a instituições financeiras divulgadas semanalmente pelo
Banco Central (BC), a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) encerrará o ano em 7,77%, maior do que a previsão de 7,47% na semana
anterior. Os preços administrados, aqueles regulados pelo governo - como o da
gasolina e da energia - subirão 11,18%. Anteriormente, a estimativa era 11%.
A previsão para o IPCA em 2015 se aproxima da alta acumulada
pelo índice no período equivalente a um ano. Na semana passada, o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo indicador,
divulgou que em fevereiro ele subiu 7,7% no acumulado de 12 meses. Levando-se
em conta apenas o recorte mensal, a alta da inflação foi 1,22% em fevereiro e
havia ficado em 1,24% em janeiro. A meta de inflação estipulada pela equipe
econômica é 4,5%, com teto de 6,5%.
A expectativa para fechamento da Selic, taxa básica de juros
da economia e principal instrumento do BC para controle da inflação, permaneceu
em 13% ao ano para 2015. Isso significa que o mercado espera que o Comitê de
Política Monetária (Copom) da instituição eleve a taxa mais uma vez este ano,
em 0,25 ponto percentual. Na semana passada, o Copom subiu a Selic em 0,5 ponto
percentual, e esta chegou a 12,75% ao ano. O patamar de elevação confirmou as
previsões de analistas de mercado.
Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e
serviços produzidos por um país) a projeção é que a economia terá retração de
0,66% contra 0,58% anteriormente. Já para a produção industrial, é esperada
queda de 1,38%, e não mais o recuo de 0,72% estimado anteriormente.
A projeção de câmbio passou de R$ 2,91 para R$ 2,95. O dólar
encerrou a semana passada cotada a R$ 3,05. A estimativa da dívida líquida do
setor público atingiu 38% do PIB ante 38,2% da projeção anterior. A estimativa
do déficit em conta-corrente, que mede a qualidade das contas externas,
permaneceu em US$ 79,1 bilhões O saldo projetado para a balança comercial caiu
de US$ 5 bilhões para US$ 4 bilhões. Os investimentos estrangeiros estimados
seguiram em US$ 60 bilhões.
Fonte: Agência Brasil
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