O anúncio oficial do ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, sobre o novo aumento de impostos, para a próxima semana, trouxe
novas incertezas e rumores danosos para o mercado financeiro e produtivo
brasileiro, além da certeza já há muito percebida de que o Governo Federal vem
falhando drasticamente em seu dever de gerenciamento e planificação com os
gastos do erário público.
Ajustar a meta fiscal com a criação de impostos que
"será a menor possível", conforme palavras do ministro, é impossível.
Numa carga tributária de cerca de 36%, com uma projeção de
PIB reduzida de 1% a 0,5% nesta semana, 12 milhões de desempregados e uma
inflação reduzida tão somente em razão da forte recessão que o Brasil ora
atravessa, aumentar impostos é certificar aos brasileiros e investidores
internacionais que o Brasil em nada mudou nestes últimos meses.
Nada avançou, seja na política de pagamento de altos juros
da dívida pública, seja no desencanto diário do contribuinte, com as denúncias
de corrupção, falta de reajuste na Tabela do Imposto de Renda, aumento geral
para os funcionários públicos federais e a criação de um Bônus de Produtividade
para funcionários ativos e inativos da Receita Federal e Justiça do Trabalho,
que, isoladamente, gerarão um gasto da ordem de 6,4 bilhões de reais até o ano
de 2018.
Contingenciamento sim. Aumento de carga tributária:
insuportável, senhor ministro Meirelles.
O contribuinte brasileiro quer mais dos senhores. Quer uma
atitude gestora na extinção de privilégios, na condução das negociações com o
funcionalismo público e na condução de uma política econômica baseada no
investimento em postos de trabalho e desenvolvimento.
Porque o Brasil merece dar certo.
ACI - NH/CB/EV
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