Páginas

sexta-feira, 24 de março de 2017

Aumentar impostos é certificar aos brasileiros e investidores internacionais que o Brasil em nada mudou nestes últimos meses

O anúncio oficial do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre o novo aumento de impostos, para a próxima semana, trouxe novas incertezas e rumores danosos para o mercado financeiro e produtivo brasileiro, além da certeza já há muito percebida de que o Governo Federal vem falhando drasticamente em seu dever de gerenciamento e planificação com os gastos do erário público.
Ajustar a meta fiscal com a criação de impostos que "será a menor possível", conforme palavras do ministro, é impossível.
Numa carga tributária de cerca de 36%, com uma projeção de PIB reduzida de 1% a 0,5% nesta semana, 12 milhões de desempregados e uma inflação reduzida tão somente em razão da forte recessão que o Brasil ora atravessa, aumentar impostos é certificar aos brasileiros e investidores internacionais que o Brasil em nada mudou nestes últimos meses.
Nada avançou, seja na política de pagamento de altos juros da dívida pública, seja no desencanto diário do contribuinte, com as denúncias de corrupção, falta de reajuste na Tabela do Imposto de Renda, aumento geral para os funcionários públicos federais e a criação de um Bônus de Produtividade para funcionários ativos e inativos da Receita Federal e Justiça do Trabalho, que, isoladamente, gerarão um gasto da ordem de 6,4 bilhões de reais até o ano de 2018.
Contingenciamento sim. Aumento de carga tributária: insuportável, senhor ministro Meirelles.
O contribuinte brasileiro quer mais dos senhores. Quer uma atitude gestora na extinção de privilégios, na condução das negociações com o funcionalismo público e na condução de uma política econômica baseada no investimento em postos de trabalho e desenvolvimento.
Porque o Brasil merece dar certo.
ACI - NH/CB/EV

Nenhum comentário:

Postar um comentário