Após uma semana da deflagração da Operação Carne Fraca, que
investiga irregularidades na produção e fiscalização de frigoríficos, a
exportação da carne brasileira rendeu ao país uma média 19% menor. De acordo
com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o
rendimento diário das exportações do produto caiu de US$ 62,2 milhões na
terceira semana de março para US$ 50,5 milhões na semana passada.
Somadas as quatro primeiras semanas do mês, o Brasil
exportou US$ 890,9 milhões em carne suína, bovina e de frango. No mesmo período
do ano passado, e com um dia útil a menos, a exportação do produto superou a
marca de US$ 1 bilhão. Desde que a operação veio à tona, o Brasil suspendeu a
exportação do alimento proveniente dos 21 frigoríficos investigados e alguns
países proibiram integralmente a importação de carne brasileira. Nesta
terça-feira (28), Hong Kong suspendeu o embargo que havia imposto a todos os estabelecimentos
nacionais.
De acordo com balanço divulgado ontem (27) pelo governo
brasileiro, o preço negociado teve uma leve alta na semana passada em relação
aos dias anteriores. O valor médio da carne de frango, por exemplo, passou de
U$$ 1.670 a tonelada para U$$ 1.676. No entanto, a comparação ainda não
representa uma tendência, já que na segunda semana de março o preço médio do
produto era U$$ 1.705, e na primeira semana o valor chegou a U$$ 1.777.
A carne suína também apresentou uma pequena alta no período,
enquanto o produto de origem bovina teve uma queda, novamente em proporções já
registradas ao longo do mês. Segundo o ministério, 60% das carnes embarcadas no
período provinham de aves, 27% de bovinos, 10% de suínos e 3% de miúdos em
geral. A pasta informou também que 108 países receberam encomendas do produto
brasileiro na semana passada, prioritariamente Arábia Saudita (12%), Rússia
(10%), Hong Kong (9%), Japão e China (ambos com 8% cada). (Fonte: Agência
Brasil)
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