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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Campo Bom atinge maior arrecadação per capita de ISSQN da região e 4ª maior do RS

Campo Bom obteve, este ano, um desempenho incomum aos municípios. Enquanto para maioria das cidades a maior fonte de receita não-vinculada é o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ou o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Campo Bom desenvolveu mecanismos próprios de arrecadação que culminaram em transformar o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) na maior fonte de receita da Prefeitura (54% da receita própria e 17% da receita geral), superando a casa dos R$ 4 milhões ao mês. O desempenho coloca Campo Bom como o 4º maior ISSQN per capita do Rio Grande do Sul (Triunfo lidera), seguido de Gramado e Porto Alegre. A aposta da Administração na área de Serviços é a principal razão desse resultado, pois os mecanismos de gestão adotados pela Secretaria Municipal de Finanças resultaram na elevação da arrecadação do tributo sem a necessidade que qualquer aumento de alíquota. "É lógico que o aumento do número de empresas prestadoras de serviços na cidade repercutiu neste desempenho, mas, além de uma alíquota muito atrativa (2%) o impacto maior foi em virtude da gestão dos recursos tecnológicos e eletrônicos que adotamos e que fazem de Campo Bom hoje uma referência em cidade digital", destaca a titular da pasta Fabiana Kellermann.
Pioneiro na implantação na Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e), de 2009 a 2016, o município apostou em ferramentas tecnológicas para impactar a receita. De lá para cá a emissão da nota passou também a ocorrer também pelo celular (NFS-e Móvel) e houve ainda a implantação do Portal do ISS Eletrônico (2014), um canal direto com o contribuinte e facilitador às empresas. "Se por um lado investimos em ferramentas para gerenciar o tributo, por outro, trabalhamos diretamente na outra ponta, junto às empresas, auxiliando, preparando e treinando colaboradores e até contabilistas e contadores para dominarem o uso destas ferramentas", destaca Fabiana. Ela também revela que outro segredo deste resultado foi a aposta da Administração nas empresas de tecnologia da informação ao ponto de se criar na cidade o Programa de Incentivo à Instalação e Permanência de Empresas de Tecnologia da Informação, cujo objetivo é fomentar a contratação de mão de obra local em troca de incentivos fiscais.  "Todas as empresas de serviços são importantes, mas focamos nas de tecnologia como uma aposta à diversificação ao calçado, sendo que esse programa possibilitou que muitas empresas de grande porte se instalassem em Campo Bom e ainda empregassem pessoas daqui".
Como resultado de tudo isso, Campo Bom deu um pulo. A começar pelo número de empresas prestadoras de serviços que aumentou 98% saltando de 1.638 em 2009 para 3.257, sendo que o setor responde por 69% do total (4.683) de empresa da cidade (em 2009 o setor respondia por menos da metade). Proporcionalmente, a arrecadação com o tributo também incrementou: cresceu 338% de 2009 pra cá, enquanto o ICMS aumentou 16%. Enquanto na maioria das cidades a participação do ISSQN na receita própria é, em média, 20%, em Campo Bom chega a 54%, sendo que a receita própria compõe 31% da receita geral do Município e nesta, o ISSQN entra com 17,21%.  "Os números mostram que o ISSQN atualmente é a maior fonte de recursos livres da Prefeitura, devendo ser ainda mais expressivo até o final do ano", antecipa Fabiana.

Avanços de Campo Bom geram reconhecimentos

Os avanços de Campo Bom nas ferramentas de gestão tributária são comprovados por estudos inéditos como o divulgado pela Revista Isto É, que classificou a cidade como a 37ª em Capacidade de Arrecadação de todo o Brasil, colocando Campo Bom no ranking dos 50 melhores indicadores nacionais. Campo Bom também se destacou no ranking do Índice da Federação das Indústrias do Estado do RJ (Firjan) onde obteve 9ª colocação gaúcha (Alto Desenvolvimento) no estudo que avalia os municípios do Brasil nas áreas de educação, saúde, emprego e renda.

Cidade Digital

Campo Bom é reconhecido até fora do RS por ser uma Cidade Digital ao ponto de virar referência em fóruns e encontros sobre o tema, tendo sua equipe percorrido diversas cidades para apresentar a gestores públicos o modelo que está dando certo.

 Crise exige reinvenção, diz prefeito

“Nos momentos de crise é que o poder público tem que se reinventar e buscar alternativas. Estes resultados têm sido fundamentais para mantermos serviços, obras públicas e o nosso poder de novos investimentos, que tem se mantido na ordem de 8% da receita anual. Além de tudo isso ainda investimos muito acima da média nas áreas de saúde (27%) e de educação (30%).
Não tenho dúvidas que esse resultado é mérito do trabalho realizado pela secretaria de Finanças, sempre inquieta em buscar formas de aumentar a receita sem mexer na carga tributária. O diferencial do nosso grupo é a qualificação técnica, a busca pelo conhecimento e, sem dúvida nenhuma, o comprometimento com a cidade”. prefeito Faisal Karam

Entenda a receita

A receita arrecada de Campo Bom até outubro de 2016 é de R$ 166 milhões, sendo R$ 28,6 relativos ao ISSQN. Além deste tributo, o orçamento também é composto por recursos como o ICMS, IPTU, FPM e o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) que, mesmo sendo a maior componente do orçamento de Campo Bom, não é contabilizado no orçamento livre por se tratar de uma transferência específica para a área de educação.  (Fonte: Imprensa PMCB)

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