Foto: Leandro Osório/Especial Palácio Piratini |
O 'Dia D', dia de mobilização da Campanha Nacional de Multivacinação
para crianças e adolescentes, é neste sábado (24). A orientação da Secretaria
da Saúde (SES) é para os municípios manterem as unidades básicas de saúde,
cerca de 2 mil, abertas extraordinariamente. Os horários de funcionamento ficam
a cargo dos gestores locais e podem variar de uma cidade para outra. Neste ano,
além das crianças menores de cinco anos, também serão alvo da estratégia as
crianças e adolescentes entre 9 e 15 anos.
O objetivo da campanha é revisar e atualizar as cadernetas
de vacinação. No Rio Grande do Sul, são mais de 1,6 milhão de crianças e jovens
nessa faixa etária, e todos devem comparecer aos postos, para que se
identifique quais doses estão em atraso ou devem ter o esquema iniciado. Serão
disponibilizadas vacinas do calendário da criança e do adolescente, como
tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba, HPV, entre
outras.
Essa revisão é importante, pois somente com todas as doses
as vacinas podem garantir a máxima eficácia de proteção contra as doenças. Como
a imunização será seletiva apenas para quem está com alguma dose pendente, não
se trabalha com meta de cobertura para essa campanha.
O Ministério da Saúde promoveu neste ano alterações nos
esquemas de quatro vacinas: poliomielite, HPV, meningocócica C (conjugada) e
pneumocócica 10 valente. O Calendário Nacional de Vacinação tem alterações
rotineiras e periódicas em função de mudança na situação epidemiológica, nas
indicações das vacinas ou na incorporação de novas vacinas.
Poliomielite
O esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três
doses da vacina injetável, VIP aos 2, 4 e 6 meses, e mais duas doses de reforço
com a vacina oral, em gotinha, VOP. Até 2015, o esquema era de duas injetáveis
(VIP) e três orais (VOP). A mudança está de acordo com a orientação da
Organização Mundial de Saúde (OMS) e como parte do processo de erradicação
mundial da pólio. Vale ressaltar que essa substituição não prejudica a proteção
das crianças, que já ficam imunizadas com as três doses injetáveis.
HPV
O esquema vacinal passou de três para duas doses, com
intervalo de seis meses entre elas. Os estudos recentes mostram que o esquema
com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a
14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a
25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre 9 a 26 anos
devem continuar recebendo o esquema de três doses.
Meningocócica
O reforço, que anteriormente era administrado aos 15 meses,
passou a ser administrado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito
até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas
aos 3 e 5 meses.
Pneumocócica
Redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente.
Passou a ser administrada em duas doses, aos 2 e 4 meses, com um reforço
preferencialmente aos 12 meses, que pode ser recebido até os 4 anos. Essa
recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema
de duas doses mais um reforço têm a mesma efetividade do esquema três doses
mais um reforço.
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