Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil |
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando
Nacional de Greve dos bancários fazem nesta terça-feira (13) mais uma rodada de
negociação. A categoria está paralisada desde a última terça-feira (6). Segundo
a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a
adesão ao movimento atinge 11,5 mil agências e 48 centros administrativos, o
que representa 48,9% dos locais de atendimento no país.
As principais reivindicações dos bancários são a reposição
da inflação em 9,62%, mais 5% de aumento real, participação nos lucros de três
salários mais R$ 8,3 mil e vales refeição e alimentação no valor de R$ 880,00
ao mês. A categoria protesta contra o assédio moral e as metas abusivas que, de
acordo com a Contraf, provocam doenças entre os trabalhadores.
Em sua última proposta, encaminhada na sexta-feira (9), a
Fenaban ofereceu reajuste de 7% para os salários e benefícios, além de abono de
R$ 3,3 mil, que seria pago até dez dias após a assinatura do acordo. “A nova
proposta resulta numa remuneração superior à inflação prevista para os próximos
12 meses, com ganho expressivo para a maioria dos bancários”, diz a entidade.
“A Fenaban entende que o modelo de aumento composto por
abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de
transição na economia brasileira, que passa de uma inflação alta para uma
inflação mais baixa”, acrescenta o comunicado.
Na avaliação do presidente da Contraf, Roberto von der
Osten, a proposta não atende às demandas dos trabalhadores. “Abono não é ganho
real. É compensação por perdas”, ressalta Osten. “Insistem com a velha tese
usada nos anos 90 de ajudar a saída da ‘crise’ com ‘âncora’ de redução
salarial. Ou seja, contribuem com o dinheiro dos outros. Os trabalhadores não
criaram crise nenhuma e não querem pagar o pato. Por isso, a greve aumentou”,
disse ele. (Fonte: Agência Brasil)
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