Transferência do Daer para a EGR - Gustavo Gargioni/P. Piratini |
Acompanhado do diretor-geral do Daer, Carlos Eduardo de
Campos Vieira, e do presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto, o secretário
destacou a importância da transição para uma nova gestão. "O Daer está
transferindo para a EGR a gestão deste bem-sucedido modelo de pedágios que o
Daer administrou durante esses anos. Neste período, as estradas estiveram em
bom estado de conservação e se produziram centenas de quilômetros de duplicação,
obras de arte, com valor dos pedágios públicos menor do que o valor dos
privados".
Antes da assinatura dos contratos de transferência dos polos
à EGR, Caleb lembrou que a administração de estatais como a CEEE e a Sulgás
serve de exemplo para a empresa, que contará inicialmente com 30 servidores.
"Teremos mais um caso de empresa pública administrada com visão pública,
enxuta, moderna, com pequena estrutura funcional, mas qualificada, e que vai
prestar grande serviço pro Estado". O valor dos pedágios cobrados em Campo
Bom (R$ 2,40), Coxilha (R$ 3,60) e Portão (R$ 4,80) será o mesmo.
Ao avaliar as primeiras mudanças na gestão das rodovias
estaduais, Bertotto afirmou que o objetivo é modernizar a administração da
malha viária, ampliando a participação das comunidades nas decisões sobre a
aplicação de recursos em obras de infraestrutura. "As praças de pedágios
comunitários são as únicas que duplicaram rodovias e continuam duplicando, como
no trecho entre Taquara e Rolante". A previsão é de que a obra esteja
concluída em até 15 meses.
Bertotto destacou que os R$ 41 milhões arrecadados pelas
três praças comunitárias, em 2012, garantiram a manutenção das rodovias. E
explicou o que muda nos primeiros dias de administração. "Vai mudar para
onde vão os recursos, que deixam de ir para o Caixa Único do Estado e passam a
ir pra EGR, que pode começar a trabalhar nas rodovias dentro de 15 a 20 dias
com empresas terceirizadas que vão trabalhar para a EGR". As rodovias
devem receber inicialmente serviços de roçada, pintura e limpeza.
Redução de mortes
Incluindo os pedágios privados, a EGR projeta um faturamento
de R$ 120 milhões por ano. O secretário Caleb disse que os recursos serão aplicados
na manutenção das estradas. "Nos cálculos feitos não só pelo Governo, mas
pela consultoria privada que foi contratada, esses valores são suficientes
para, mesmo com uma diminuição nas tarifas em 30%, manter os serviços feitos
atualmente e ainda fazer obras novas".
Bertotto destacou que o maior desafio da EGR à frente das
rodovias estaduais é reduzir o número de acidentes com mortes. Com apoio da
Polícia Rodoviária Estadual e do Detran, a EGR estuda quais os pontos críticos
das rodovias. "Queremos transformar essas rodovias em estradas seguras. A
ideia é reduzir os acidentes e que a gente possa chegar a morte zero".
Até maio, a empresa deve assumir a gestão das 11 praças de
pedágios sob concessão da iniciativa privada. Somadas às três praças
comunitárias, o Estado será responsável por 14 praças de pedágios e uma malha
viária de 821 quilômetros. "Grandes mudanças vão ocorrer nas outras praças
de pedágios, pois vamos ter redução de 30% no valor da tarifa e outra concepção
de como controlar essas rodovias, a exemplo do que já é aplicado hoje nos polos
comunitários".
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