Com expectativa de redução nos juros básicos da economia, o
Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se nesta semana para definir a taxa
básica de juros (Selic). A reunião começa na terça-feira (18) e terminará na
quarta (19).
Desde julho de 2015, os juros básicos estão em 14,25% ao
ano, no maior nível desde outubro de 2006. Pelas expectativas de instituições
financeiras, a Selic deve cair para 14% ao ano na próxima reunião. A estimativa
de queda, no entanto, pode subir após a decisão da Petrobras de reduzir os
preços dos combustíveis, divulgada na última sexta-feira (14).
As projeções para a taxa Selic constam do boletim Focus,
pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada toda segunda-feira pelo
Banco Central (BC). Caso a Selic caia, será a primeira queda nos juros básicos
da economia desde outubro de 2012.
Este será o terceiro encontro sob o comando do presidente do
Banco Central, Ilan Goldfajn (foto), que fez mudanças na comunicação e no formato da
reunião.
Anteriormente, em dias de reuniões do Copom, a diretoria do
BC participava, na parte da manhã, de análises de mercado e, à tarde, tinha
início o colegiado para definir a Selic. Agora, o BC incorporou a análise de
mercados à reunião do Copom, no período da manhã. À tarde, é feita a análise da
conjuntura.
No segundo dia de reunião, após análise da perspectiva para
a inflação e das alternativas para a Selic, os diretores e o presidente do
Banco Central definem a taxa. O horário de divulgação da taxa foi antecipado e
agora sai pouco depois das 18h, em vez de sair no intervalo entre 19h30 e 21h.
O comunicado passou a ser mais amplo, incluindo trechos de análises da
conjuntura econômica.
Goldfajn também alterou o dia de divulgação da ata da
reunião com as explicações para a decisão sobre a Selic. Agora, o documento é
divulgado na terça-feira, e não mais na quinta-feira da semana seguinte à
reunião.
Principal instrumento do BC para controlar a inflação, a
taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema
Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Ao aumentar a Selic, o Copom tenta
conter a demanda, provocando reflexos nos preços, porque os juros mais altos
encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o
crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo. A medida, no
entanto, enfraquece o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom
considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de
controlar a inflação.
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