O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
(Inep) divulgou na internet uma cartilha para ajudar os estudantes inscritos no
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a elaborar a redação, que exige
conhecimentos da língua portuguesa e domínio da escrita e é feita no segundo
dia de prova. Neste ano, as provas do Enem serão aplicadas no dias 5 e 6 de
novembro.
A Cartilha do Participante da Redação do Enem de 2016
explica as competências avaliadas, os critérios adotados para as correções e
traz redações de estudantes que tiraram nota máxima em edições anteriores do
exame, com comentários. Além disso, a publicação define o que é considerado
desrespeito aos direitos humanos e inclui frases usadas por candidatos que
foram motivo para nota 0 na redação.
De acordo com a cartilha, a redação do Enem é um texto
dissertativo-argumentativo, no qual, a partir do tema proposto, o estudante
deve desenvolver, com coerência e coesã,o uma tese (opinião sobre o assunto),
apoiada em argumentos consistentes. Por fim, o candidato elabora uma proposta
de intervenção social com propostas coerentes e viáveis para o problema
sugerido no tema.
Entre os motivos que podem levar à nota 0 na redação estão
fuga ao tema, extensão de até sete linhas, trechos deliberadamente
desconectados do tema proposto e desrespeito aos direitos humanos. Conforme a
cartilha, constituem desrespeito aos direitos humanos propostas que “incitam à
violência, ou seja, propostas nas quais transparece a ação de indivíduos na
administração da punição, como as que defendem a 'justiça com as próprias mãos'
ou a lei do 'olho por olho, dente por dente'”.
Competências
No Enem, as redações serão avaliadas de acordo com cinco
competências, e a cartilha detalha o que é esperado do candidato em cada uma
delas. A nota atribuída para cada uma pode variar de 0 a 200.
As competências são: demonstrar domínio da modalidade
escrita formal da língua portuguesa;
compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas
de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do
texto dissertativo-argumentativo em prosa; selecionar, relacionar, organizar e
interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de
vista; demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a
construção da argumentação e elaborar proposta de intervenção para o problema
abordado, respeitando os direitos humanos.
Os detalhes sobre a correção e a forma como cada avaliador
atribui a nota à redação também estão explicados no texto divulgado pelo Inep.
(Fonte: Agência Brasil)
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