Mais uma vez, os preços dos alimentos foram determinantes
para a alta da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA). A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (10) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sozinho, o grupo já acumula alta
de 8,79% de janeiro a julho.
Em junho, os preços dos alimentos subiram 1,32%, exercendo
impacto de 0,34 ponto percentual para a alta de 0,52% do IPCA, contribuindo com
mais da metade da inflação oficial do país em julho. Com 65% de participação no
IPCA, o grupo Alimentação e Bebidas registrou a mais elevada variação para os
meses de julho desde 2000, quando a alta atingiu 1,78%.
Ao contrário de junho, quando a alta do feijão foi
determinante para a variação de 0,35% do IPCA frente a maio, agora em julho o
principal vilão foi o leite, com contribuição individual de 0,19 ponto
percentual. Os preços do leite aumentaram 17,58% de um mês para o outro.
Vilão da inflação de junho, o feijão-carioca também
continuou pressionando o IPCA em julho, fixando-se na segunda colocação entre
os alimentos ao subir 32,42%. A alta exerceu um impacto de 0,13 ponto percentual
na inflação do mês. Em Curitiba e São Paulo, o preço do quilo subiu 45,20% e
43,98%, respectivamente. O feijão-preto também subiu, passando a custar, em
média, 41,59% a mais, enquanto o mulatinho ficou 18,89% mais caro e o fradinho,
14,72%.
Além dos expressivos aumentos dos diversos tipos de feijão,
mais uma vez o arroz também se destacou, com preços elevados em 4,68% na média,
atingindo 8,27% em Goiânia, 7,49% em Fortaleza e 6,84% em Belém. Com isto, o
feijão com arroz, prato típico da mesa do brasileiro, passou a custar bem mais.
Assim como os alimentos, que passaram de 0,71% em junho para
1,32% em julho, outros três grupos mostraram aceleração na taxa de crescimento
de um mês para o outro: Despesas Pessoais (de 0,35% para 0,7%), Artigos de
Residência (de 0,26% para 0,53%) e Transportes (de -0,53% para 0,4%). (Fonte:
Agência Brasil)
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