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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Volatilidade cambial derruba exportações de calçados

Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que o mês de julho registrou queda nas exportações de calçados. No mês sete, os calçadistas embarcaram 8,6 milhões de pares que geraram US$ 78,6 milhões, números inferiores tanto em pares (-9,4%) quanto em dólares (-1,9%) no comparativo com o mesmo mês de 2015. Com isso, os exportadores acumularam 66,55 milhões de pares embarcados, o que gerou US$ 530,12 milhões nos sete meses do ano. Os números são 1,5% superiores em volume e 2,6% inferiores em receita no comparativo com igual período de 2015.
Para o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, os números já refletem os efeitos da volatilidade cambial. “Desde o início do ano temos convivido com a instabilidade do câmbio, movimento que foi acentuado nos meses mais recentes e tem prejudicado as negociações com os importadores”, avalia, ressaltando que as recentes quedas da cotação do dólar têm aumentado a “inquietação” entre os exportadores.
Segundo Klein, a instabilidade da taxa cambial gera problemas nas negociações, ocasionando perda de rentabilidade para o exportador ou até mesmo cancelamentos em casos de desacordos. “Nas feiras internacionais do final do primeiro semestre negociamos as vendas com o dólar a R$ 3,50, valor que hoje caiu para a casa de R$ 3,10. É um prejuízo que acaba sendo arcado pelo exportador sob o risco de perda do negócio ou até mesmo do cliente”, explica o dirigente.

Nos sete primeiros meses de 2016, a principal origem do produto exportado seguiu sendo o Rio Grande do Sul. No período, os gaúchos exportaram 15,35 milhões de pares por US$ 236 milhões, números que representam altas de 41% em volume e 11% em receita na relação com 2015. Atualmente quase 40% do total gerado com os embarques de calçados são provenientes das negociações do Estado. (Fonte: Abicalçados)

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