Páginas

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Sindicalistas de Campo Bom no Fórum Social Mundial

A plenária estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), intitulada “Os desafios dos trabalhadores diante da Crise e da Ofensiva Neoliberal”, marcou a abertura do Fórum Social Mundial, que completa 15 anos desde a sua primeira edição, em 2001. A atividade organizada pela Central aconteceu na terça-feira (19), no auditório da Fetag, em Porto Alegre, e contou com a presença de lideranças sindicais vindas de diversas regiões do país, além de parlamentares, trabalhadores e curiosos sobre o assunto.
Vice-presidente nacional da CTB e presidente do Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom, Vicente Selistre, afirmou que o desafio é grande e o debate é extremamente importante para que se possa enfrentá-lo. “O Fórum é o momento ideal de fazermos grandes reflexões”, disse. Além de Vicente Selistre, vários sindicalistas campo-bonenses representam os sapateiros locais no evento.
A mesa presidida pela secretária-geral da CTB-RS, Eremi Melo, contou com personalidades de peso do movimento sindical que contribuíram para um debate enriquecedor. O primeiro a falar foi o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, que ao saudar o público, afirmou a importância do Fórum. “O Fórum Social Mundial cumpriu um papel estratégico no momento de sua criação em que o neoliberalismo se apresentava como uma ideologia única. A CTB acredita que outro mundo é possível”, defendeu Vidor.
Já o vice-presidente da CTB-RS, Sérgio de Miranda, também diretor da Fetag, falou em nome da federação sobre a alegria de acolher diversas categorias e pessoas vindas de muitos estados, no auditório da entidade. Miranda também aproveitou a oportunidade para trazer alguns questionamentos à tona. “Desde que o Fórum foi criado vivemos grandes avanços, mas também nos deparamos com algumas tentativas de retrocessos. Trabalhadores do campo e da cidade estão expostos com a atual Câmara dos Deputados e Senado, conservadores ao extremo. O debate sobre reforma agrária saiu da pauta de discussões do Congresso e quando mostrado em reportagens é retratado de forma negativa. Precisamos retomar essas discussões. 2016 será um ano de muita luta, em que devemos garantir que ninguém mexa nos direitos dos trabalhadores”, ratificou.
A integrante do Coletivo de Mulheres da CTB-RS e presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, Silvana Conti, defendeu que a questão central do Fórum é como elaborar a luta contra o imperialismo. “Nós, da classe trabalhadora, temos o objetivo central de fazermos a luta de classe, mas cada um tem as suas especificidades, então essa reunião de homens e mulheres vindos de várias partes do mundo traz um elemento essencial para a discussão proposta no Fórum. Parece que os golpistas estão adormecidos, mas engana-se quem pensa assim. Precisamos seguir lutando pela democracia e legitimando a presidente mulher que temos. Não podemos permitir nenhum retrocesso e devemos seguir em busca da igualdade de gêneros”.
Também participaram da plenária, o secretário de relações internacionais da CTB, Divanilton Pereira, e um convidado internacional da Federação Sindical Mundial, vindo do Uruguai, Eduardo Burgos. Aproximadamente, 250 pessoas participaram da atividade, com presença expressiva das mulheres.

O presidente nacional da CTB, Adílson Araújo, esteve em Porto Alegre especialmente para participar do Fórum. Na Plenária, contou para os participantes sobre a decisão tomada pela diretoria de participar do evento. “Iniciamos um diálogo interno na CTB e percebemos que seria muito importante participar desse momento ímpar. O mundo reclama de uma grave crise internacional e com o agravamento dessa crise compete à classe trabalhadora enfrentar esse quadro. Nunca foi tão importante fazer uma análise de conjuntura e tirar conclusões”, afirmou. (Com Informações da CTB/RS)

Nenhum comentário:

Postar um comentário