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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Inquérito aponta Chiquinho como responsável por incêndio criminoso

Uma armação para angariar votos na eleição municipal. Esta foi uma das constatações da Polícia Civil de Campo Bom após três meses de investigações sobre o atentado sofrido pelo então candidato a prefeito, Francisco dos Santos Silva, o Chiquinho. O inquérito aponta, também, para algo que muita gente já suspeitava, a armação teria sido planejada pelo próprio candidato.
Nesta segunda-feira (19), o delegado de Polícia de Campo Bom, Clóvis Nei da Silva, entregou no Fórum local um inquérito policial indiciando Francisco dos Santos Silva e Geisel Oliveira de Souza, pelo crime de incêndio criminoso.
A investigação que resultou no indiciamento de Chiquinho refere-se a atentado ocorrido na noite de 18 de setembro, quando o então candidato foi atacado por um homem ao chegar em casa. Chiquinho, em seus depoimentos à polícia e em entrevista coletiva à imprensa disse ter sido atacado quando descia do carro ,no pátio de sua residência, na Avenida João XIII, no Centro de Campo Bom.
“Ao que se deduz, a armação seria para angariar votos ao candidato”, resumiu o delegado. Em seu inquérito, Clóvis indiciou Chico e seu afilhado de casamento, Gesiel Souza, que teria participado ativamente da farsa. Eles foram indiciados por incêndio criminoso e, conforme o Artigo 250 do Código Penal, se considerados culpados, podem pegar de seis meses a dois anos de detenção.
No dia seguinte ao suposto atentado, preocupados com a repercussão do fato e desejosos da elucidação do caso, os também candidatos a prefeito Luciano Orsi e Vicente Selistre foram até a sede da Secretaria de Segurança Pública. Os dois pediram rigor e celeridade nas investigações e ouviram do subsecretário da Segurança Pública, delegado Jorge Soares, que o Estado teria o maior interesse em solucionar o caso e assim tranquilizar a comunidade campo-bonense.
O delegado regional do Vale do Sinos, Rosalino Seara, colocou os dois então candidatos (Luciano e Vicente) a par da investigação. Informou que Francisco dos Santos foi ouvido ainda no domingo pelo delegado Clóvis Nei da Silva.
O PMDB campo-bonense (que foi convidado a participar da audiência em Porto Alegre, mas não enviou representante) na ocasião, lançou nota oficial demonstrando preocupação com caso relatando que o seu candidato sofreu uma tentativa de assassinato por parte de um encapuzado que, armado e com um galão de gasolina, teria agido no momento em que o político chegava em casa.
Francisco saiu ileso do episódio, mas teve seu carro incendiado e perfurado por dois tiros.
Nosso povo merece mais respeito.

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