O número de inadimplentes do Rio Grande do Sul cresceu 3,09%
em abril de 2015, em comparação a abril de 2014. O dado de levantamento mensal
realizado pelo SPC mostra que o estado está abaixo da média nacional, que ficou
em 3,77%. Por outro lado, o número de dívidas em atraso dos gaúchos cresceu, no
mesmo período, 5,36%, ficando ligeiramente acima da média do país, que chegou a
5,02%.
“Estamos vivendo um momento instável na economia brasileira
e isso se reflete no Rio Grande do Sul. A alta da inflação, o aumento das taxas
de juros e a piora de indicadores econômicos, como renda e emprego, acabam
gerando esse aumento da inadimplência. O planejamento financeiro das famílias
precisa ser revisto, a fim de reverter essa situação”, comenta o presidente da
Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul - FCDL-RS,
Vitor Augusto Koch.
Apesar do crescimento da quantidade de dívidas, que mostram
que cada consumidor inadimplente no Rio Grande do Sul possui, em média, 2,253
contas em atraso, Koch salienta que boa parte dos devedores buscam regularizar
suas pendências após serem incluídos no SPC.
“Por isso, a FCDL-RS recomenda aos lojistas que não temam
realizar vendas, pois o poder de compra da sociedade ainda está mantido em um
nível aceitável. O importante, sempre, é utilizar os instrumentos de
verificação de crédito, como o SPC, pois a inadimplência está centrada em
devedores antigos negativados pela base de dados de proteção ao crédito”, aponta
Koch.
O presidente da FCDL-RS alerta que é preciso retomar o
crescimento da economia nacional para reverter esse processo de aumento da
inadimplência.
“Várias vezes já manifestei minha opinião de que a redução
dos gastos públicos em uma verdadeira linha de austeridade, de forma a
desafogar o setor produtivo de juros e impostos, recuperando o fôlego econômico
do país, com maior geração de emprego e renda, é o caminho adequado para
voltarmos a viver tempos de bonança financeira. É urgente que uma nova postura
frente a atual realidade recessiva seja tomada pela sociedade. Isso é vital
para vislumbramos um futuro melhor para o Rio Grande do Sul e para o Brasil”,
sinaliza o dirigente.
O levantamento realizado pelo SPC em abril aponta, em nível
nacional que 37,9% da população brasileira entre 18 e 95 anos, em torno de 55,3
milhões, estão incluídos em lista de devedores negativados. (Fonte: FCDL-RS)
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