Foto: Daniela Barcellos/Palácio Piratini |
O secretário da Fazenda, Giovani Feltes (foto), anunciou, durante entrevista coletiva na sede da Sefaz, o calendário de pagamento
O governo do Estado divulgou, nesta quinta-feira (28), o
calendário de pagamento da folha salarial dos servidores vinculados ao Poder
Executivo referente ao mês de julho. Uma combinação de fatores acentuou os
problemas financeiros nos últimos 30 dias, a começar pela queda na arrecadação
ao redor de R$ 109 milhões, a impossibilidade de socorrer-se do saldo dos
depósitos judiciais como nas outras vezes, contas pendentes de meses anteriores
e o crescimento das despesas de custeio. Contando com pouco mais de R$ 232
milhões em caixa, a Secretaria da Fazenda terá condições de creditar R$ 650,00
líquidos para cada um dos 343 mil vínculos. A expectativa é complementar as
demais faixas do salário até o próximo dia 19 de agosto, mas não está
descartada a possibilidade de novos créditos ainda nesta sexta-feira (29).
A receita líquida fechou julho em R$ 2,14 bilhões, ao passo
que o mês passado havia registrado R$ 2,25 bilhões. Apenas nos repasses federais,
o tombo foi de 46% na comparação ao período anterior. A queda do FPE (Fundo de
Participação dos Estados) foi de quase R$ 41 milhões e das compensações da Lei
Kandir chegou a R$ 43 milhões. Outras fontes de arrecadação, como os recursos
vinculados ao Fundeb e o próprio IPVA, igualmente tiveram queda de um mês para
o outro. O único item que teve desempenho positivo foi o ICMS: saltou de R$
1,40 bilhão em junho, para R$ 1,50 bilhão neste mês.
O crescimento líquido em R$ 109 milhões do principal imposto
estadual, no entanto, foi insuficiente para fazer frente ao volume das despesas
que ficaram pendentes e que vêm se acumulando. Agora em julho, o Tesouro
precisou dispor de R$ 292,1 milhões para quitar a folha de junho e R$ 45
milhões para o pagamento da parcela semestral da dívida externa. Outros R$ 45,1
milhões foram repassados para o pagamento de parte do reajuste retroativo dos
salários dos servidores dos outros poderes e órgãos de Estado.
Outros fatores igualmente agravaram o fluxo financeiro neste
mês. O principal deles está no saldo disponível nos depósitos judiciais. Na
virada do mês passado, a Fazenda recorreu a R$ 105 milhões de um saldo de R$
202 milhões para pagar as primeiras parcelas do salário. Mas agora a margem
para saque ficou em R$ 50 milhões, pois o saldo é considerado como limite
mínimo para garantir o pagamento das decisões judiciais.
Diante deste cenário, a falta de recursos em caixa está
calculada em R$ 764 milhões no último dia útil do mês, o que impossibilita
pagar o valor líquido dos salários da administração direta, que chegou a R$ 996
milhões. A folha completa do Executivo fechou o mês em R$ 1,424 bilhão,
considerando também os vencimentos das fundações e autarquias, assim como os
compromissos do Tesouro com as consignações e os tributos sobre a folha.
(Fonte: Governo do RS)
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