Prefeito Luciano e vice-prefeito Beto Santos participaram do evento
realizado em Novo Hamburgo
Com o objetivo de sensibilizar gestores e técnicos que atuam
na rede de proteção à criança e ao adolescente sobre socioeducação, o
Ministério Público, em conjunto com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, promoveu, nesta segunda-feira, 8,
o seminário “Fortalecimento das Medidas Socioeducativas em Meio Aberto”. O
encontro aconteceu no auditório da Promotoria de Justiça de Novo Hamburgo.
Na abertura do evento, a promotora-assessora da
Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais Roberta Brenner
de Moraes agradeceu as presenças e falou da importância de se trabalhar as
medidas socioeducativas em meio aberto. Lembrou ainda que só fortalecendo e
capacitando os profissionais que atuam na área é que teremos perspectiva de
reverter o quadro significativo de aumento da violência praticada por
adolescentes. “Entendemos que essas medidas em meio aberto são um instrumento
de reprovação, de sanção, de punição ao adolescente que pratica ato
infracional, mas também são protetivas e educativas, pela predominância de um
caráter pedagógico e pela importância de uma interferência na trajetória
infracional do adolescente enquanto ele ainda está inserido na sua comunidade”,
disse.
Para a secretária estadual de Desenvolvimento Social,
Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, Maria Helena Sartori, o evento é um marco
na história do RS. “É mais um passo para fortalecer a socioeducação no Estado,
porque entendemos que é importante trabalhar na prevenção para que se evite a
internação, é um importante para fortalecer a rede de proteção e termos um
resultado mais efetivo”, falou.
A coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância,
Juventude, Educação, Família e Sucessões, Maria Regina Fay de Azambuja, falou
sobre a importância de se pensar, em conjunto, sobre o que pode ser feito para
que a violência não se instale na vida dos jovens. A procuradora lembrou que os
atos infracionais nem sempre começam de forma grave, mas, na maioria das vezes,
acabam evoluindo para uma situação mais difícil. “Muitas vezes os atos
infracionais desafiam todo o sistema de justiça, porque o nosso compromisso é
oportunizar a este adolescente infrator a superação das dificuldades, a
possibilidade de ele estabelecer um plano para sua vida e ajudar a construir
uma proposta que ele possa efetivamente viabilizar”, afirmou Maria Regina Fay
de Azambuja.
PALESTRAS
Durante a primeira palestra do evento, “A prevenção: recurso
a ser conhecido”, a médica psiquiatra Solange Gomes apresentou como se dá a
formação psíquica do adolescente deste a infância. Segundo ela, “a
vulnerabilidade desde muito cedo, a forma como o adolescente está inserido na
sociedade e a falta de limites colaboram na formação do menor infrator”.
“As medidas socioeducativas em meio aberto: Prestação de
Serviços à Comunidade, Liberdade Assistida” foi tema da palestra dos promotores
de Justiça Antônio Augusto Ramos de Moraes, Cleonice Rodrigues Aires e Luciano
Alessandro Winck Gallicchio. A mesa foi mediada pelo promotor de Justiça da
Infancia e Juventude de Novo Hamburgo Valdoir Bernardi de Farias, que falou
sobre a importância das medidas em meio aberto como forma de prevenção para que
o adolescente não cometa um ato infracional ainda mais grave. “Quanto antes
aplicarmos as medidas de proteção, maior a chance dele se afastar do crime”,
afirmou.
Conceitos de medida socioeducativa e ato infracional foram
apresentados pelo promotor de Justiça de Santa Maria Antônio Augusto Ramos de
Moraes. “Precisamos trabalhar de forma articulada para organizar estratégias
para trabalhar com o adolescente de forma efetiva e, assim, evitar que este
adolescente prossiga sua caminhada na violência, trazendo um impacto positivo
para toda sociedade”, disse. Em sua fala, a promotora de Justiça de Passo Fundo
Cleonice Rodrigues Aires lembrou que é preciso criar uma estratégia de
construção e cumprimento das medidas socioeducativas. Falou, ainda, que “não há
como fazer socioeducação sem uma construção coletiva”. Já o promotor de Justiça
Luciano Alessandro Winck Gallicchio relatou sua experiência enquanto promotor
de Justiça da Infância em Novo Hamburgo. Segundo Gallicchio, “as medidas
socioeducativas devem ser entendidas como uma sanção ao adolescente, mas sempre
com um caráter educativo e pedagógico. Lembrou também que os adolescentes
buscam os limites que não entraram na família e nem na escola, mas que hoje
encontram os limites nas facções criminosas”.
Na parte da tarde, aconteceram as palestras de Carla
Capitanio e Laurene Paim Cardozo, do Departamento de Assistência Social da
Secretaria do Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos. Na
sequência, palestras sobre a Fase e o Ministério do Desenvolvimento Social.
PARTICIPAÇÃO
O prefeito de Campo Bom, Luciano Orsi, o vice-prefeito José Roberto dos Santos; o secretário da Assistência Social, Eduardo Assmann; o procurador do Município, Marcos Vinicius Carniel, e outros servidores campo-bonenses participaram do evento que contou ainda com as presenças da juíza de Novo Hamburgo Ângela Martini, além de promotores de Justiça, técnicos da rede de proteção da infância e da juventude, gestores municipais, entre outros. (Com informações da Agência de Notícias/MPRS)

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