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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Secretários de Saúde compartilham aflições e reclamam atrasos de repasses

Mais de R$ 25 milhões de repasses em atraso; 130 pessoas aguardando atendimento em oncologia e pacientes há anos esperando por cirurgia de traumatologia;  falta de clareza nas cotas de atendimento nos serviços referenciados e um amontoado de ações judiciais e liminares obrigando as prefeituras a assumirem custos que não seriam seus. O agravamento do quadro é iminente com a possibilidade de suspensão dos serviços do Samu.
O choro foi grande entre os oito secretários de Saúde que participaram na tarde de sexta-feira (16), de reunião coletiva realizada na sede da Câmara de Vereadores de Campo Bom. Capitaneados pelo secretário de Campo Bom, Jerri de Moraes, representantes das cidades de São Leopoldo, Morro Reuter, Nova Hartz, Dois Irmãos, Ivoti, Sapiranga e Novo Hamburgo compartilharam angustias e dificuldades, relatando que na maioria das cidades que formam a região Sete da Secretaria de Saúde do Estado, faltam até medicamentos de repasse exclusivo do Estado, como é o caso de Campo Bom, onde faltam cerca de 100 tipos de remédios.
Um dos relatos mais angustiantes e que atinge a todos diz respeito às dificuldades em dar encaminhamento para tratamento dos pacientes em oncologia e traumatologia. Na segunda especialidade a fila de espera destas oito cidades soma mais de 5.000 pacientes.
O ápice do problema, segundo eles, pode estar por vir, em virtude da iminência de cancelamento do serviço do Samu que soma 12 ambulâncias da região e que também pena pela falta de repasses. Em Novo Hamburgo, onde há 5 veículos na base que atende toda a região, a secretária Suzana Ambros não descarta a possibilidade de suspender o atendimento às cidades vizinhas, restringindo a Novo Hamburgo que é quem está bancando o serviço.
“Esse quadro da saúde vem de longa data e se agravando nos últimos anos. É crônico e se agravou ainda mais em virtude da crise financeira do Estado e das prefeituras, mas precisamos buscar respostas e alternativas, por isso a importância de discutir em grupo, unir formas e somar esforços”, explica Jerri de Moares.

O resultado do encontro para o qual 12 cidades foram convidadas, gerou um documento e servirá de pauta para reunião a ser marcada com o Governo do Estado. (Fonte: Imprensa PMCB)

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